Aelton Freitas homenageia memória de bispo de Uberaba
O senador Aelton Freitas (PL-MG) homenageou nesta quarta-feira (2) a memória de dom Alexandre Gonçalves do Amaral, primeiro arcebispo de Uberaba (MG). Destacando a presença em Plenário do atual arcebispo da cidade, dom Aloísio Roque Oppermann, e do bispo de Patos de Minas, João Bosco Óliver de Faria, o parlamentar apresentou dom Alexandre como grande intelectual, orador, catequista, jornalista e acadêmico.
Falecido no ano passado, aos 96 anos, dom Alexandre foi nomeado quarto bispo da diocese de Uberaba em 1939, dez anos decorridos de sua ordenação presbiteral, em Belo Horizonte. Com a criação das dioceses de Patos de Minas (1955) e de Uberlândia (1961), foi promovido a primeiro arcebispo metropolitano de Uberaba, em 1962. Além destas, dom Alexandre também preparou a criação da diocese de Ituiutaba (1982). Nascido em 1906 em Carmo da Mata, aposentou-se em 1978.
Como intelectual, Aelton Freitas destacou as -horas a fio- passadas pelo prelado em seu gabinete, -retomando os clássicos da Filosofia e da Teologia, especialmente da moral católica e da bioética-. Como orador, o parlamentar afirmou que dom Alexandre era considerado -um Santo Agostinho pela agilidade de pensamento, pela clareza da exposição das ideais e, acima de tudo, pelo convencimento fácil-.
O bispo, como catequista - continuou o senador -, percorreu, por mais de 40 anos, os municípios acima listados, que à época compunham a região da diocese de Uberaba.
- De cavalo, a pé, de trem ou de automóvel, lá estava dom Alexandre, impecavelmente vestido com sua veste talar, o seu solidéu, o seu anel de pastor e a sua cruz pastoral anunciando a palavra de Deus - afirmou o parlamentar.
O representante mineiro informou que dom Alexandre -notabilizou-se por manter no interior um diário católico de proporções nacionais-, o Correio Católico de Uberaba . Acrescentou que os artigos publicados pelo bispo -eram motivos de debates na grande imprensa dos centros capitais, bem como neste Parlamento-. O bispo foi também membro fundador da Academia Efetiva de Letras do Triângulo Mineiro, tendo escrito -dois livros emblemáticos-: Menor Abandonado e Vínculo Indissolúvel .
- Como senador de Minas Gerais, a filha predileta da Santa Igreja Católica no Brasil, reverencio neste momento, para que seja perpetuado para toda a história dos anais desta Câmara Alta, a memória do maior de todos os bispos mineiros, dom Alexandre Gonçalves do Amaral, o padre reto e o bispo santo, que é o paradigma para uma igreja - afirmou. Em aparte, os senadores Hélio Costa (PMDB-MG) e Rodolpho Tourinho (PFL-BA) congratularam Aelton Freitas por seu discurso.
02/04/2003
Agência Senado
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