Aelton sugere redução de 1,5 ponto percentual na taxa de juros
Na véspera do anúncio pelo Comitê de Política Monetária (Copom) da nova taxa de juros, o senador Aelton Freitas (PL-MG) voltou a defender a redução dos juros praticados no país, sugerindo uma redução de 1,5 ponto percentual. Ele citou dados de pesquisa realizada pela Global Invest, divulgada nesta semana pelo jornal O Tempo, de Belo Horizonte, que apontam o Brasil como o país que ostenta a segunda maior taxa de juros reais do mundo, em torno de 9,8%, perdendo apenas para a praticada na Turquia, que gira em torno de 10,3%.
- Diante deste valor, a previsão dos analistas que indicam uma nova redução da taxa em 0,25% não seria suficiente para retirar o país desta incômoda posição no ranking mundial dos juros reais. E nós sabemos que a redução da taxa de juros é uma forma indireta de se garantir maior poder aquisitivo à renda e poderia impulsionar investimentos e, conseqüentemente, geração de emprego - afirmou o senador.
Aelton considerou que, para que haja mudança significativa "neste quadro alarmante de juros", seria necessária uma redução imediata de pelo menos 1,5%. No entanto, reconheceu, os últimos sinais dados pelos responsáveis pela definição da taxa não permitem grandes esperanças.
Mesmo admitindo que as decisões do Copom são técnicas, Aelton afirmou que, neste momento, não se pode desconsiderar a necessidade de crescimento econômico do país. Neste sentido, ele lembrou que as críticas que o próprio vice-presidente José Alencar tem feito às altas taxas de juros vigentes são construtivas, mas não têm sido ouvidas.
A taxa média de juros vigente nos países emergentes é de apenas 3,7%, informou o senador, declarando que entende e se solidariza com o governo quanto ao reajuste do salário mínimo, mas não irá se calar em relação aos juros enquanto os índices se mantiverem elevados.
18/05/2004
Agência Senado
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