Agricultores do Rio Grande do Sul recebem equipamentos do programa Mais Alimentos



O Rio Grande do Sul recebeu equipamentos do programa Mais Alimentos, entre eles a primeira colheitadeira de cana-de-açúcar e o trator número 43 mil financiados no Brasil, durante a 34ª Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), em Esteio (RS).

Ao destacar a modernização da infraestrutura produtiva proporcionada pelo programa criado, em 2008, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Laudemir Müller, afirmou que a iniciativa garantiu aos agricultores familiares acesso a novas tecnologias e fortaleceu a indústria nacional. Como exemplo, citou as entregas simbólicas, durante o evento, do milésimo sistema de aviário, do 35º silo de armazenagem, da colheitadeira número 170 e do caminhão número três mil financiados pelo programa.

Müller lembrou que o Mais Alimentos tornou-se uma referência para outros países e destacou os acordos firmados com Gana e Zimbábue para a implantação do programa Mais Alimentos África. A parceria com esses países resultará em exportações de máquinas e implementos agrícolas produzidos no Brasil superiores a US$ 190 milhões.

“Este é o mais importante programa do governo federal para nosso setor e tem impulsionado nossas empresas a criarem novas máquinas focadas nas necessidades dos agricultores familiares”, destacou o presidente do Simers, Claudio Bier. Esta lista foi ampliada na Expointer 2001 com o lançamento de um trator de 55 CV (John Deere), que passa a ser produzido no Rio Grande do Sul, um misturador de ração (Casale) e uma plantadeira de três linhas (Imasa).


Participação feminina

A entrega do trator de número 43 mil do programa Mais Alimentos ressaltou a participação das mulheres na agricultura familiar. Ele foi adquirido pela agricultora Angelina Pistore Rossi, de Caxias do Sul, na serra gaúcha, que, aos 67 anos, realizou o seu primeiro financiamento para adquirir um trator de 75 CV.  “Eu ainda quero trabalhar muito na roça, então tive de comprar o trator para facilitar a vida da família”, explicou a agricultora familiar, que mora com o marido, a filha e o genro em uma propriedade de 15 hectares em Santa Lúcia do Piai, onde produz hortigranjeiros.

“O trator novo vai facilitar muito. A gente tinha um velhinho, que tinha sido comprado usado e dava muita oficina”, comparou Angelina. Com o novo equipamento, a agricultora planeja ampliar a área cultivada, que hoje é de 3,5 hectares e meio, e a produção de beterraba, cenoura e tomate, que hoje chega a 50 toneladas a cada ciclo produtivo e é entregue na Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa) em Porto Alegre.

A gestão da operação de crédito que financiou o trator de Angelina, realizada pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), ficou a cargo de quatro mulheres, desde a assistente técnica responsável pelo projeto, às operadoras e gerentes que liberaram o financiamento. “Antigamente, a mulher era só dona de casa, hoje elas estão ganhando espaço”, comentou Elisabete Pinter, a gerente da agência do Banrisul de Fazenda Souza, onde foi concedido o financiamento. Também participaram a operadora de negócios, Graciele Borin Colombo, e a analista de crédito Cristina da Silva Floriano Machado.


Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Agrário



02/09/2011 16:45


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