Agricultura intensifica medidas contra mosca-da-carambola



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai intensificar em 2011 as ações de controle da mosca-da-carambola, praga que atinge principalmente as culturas de manga, goiaba, acerola, caju, tomate e carambola. Em 2010, foram investidos R$ 3 milhões no Programa de Erradicação da Mosca-da-Carambola. A previsão é que, neste ano, o valor chegue a R$ 6 milhões.

Os recursos serão utilizados na erradicação e monitoramento da praga, capacitação de profissionais, projetos de educação sanitária, implantação de planos de emergência e divulgação do programa. De acordo com a coordenadora do Programa de Erradicação da Mosca-da-Carambola do Mapa, Maria Júlia Godoy, as metas para 2011 são eradicar a praga no sul do Amapá e em Normandia (RO), além de manter o status sanitário do Pará como livre do problema.

Desde 1996, os técnicos do ministério desenvolvem medidas em parceria com os profissionais das Agências de Defesa Agropecuária estaduais. O Brasil tem atualmente 4.015 armadilhas da praga instaladas pelo País. Destas, 2.788 são no Amapá, onde o primeiro foco foi encontrado. O sistema de detecção da praga permite encontrá-la em território brasileiro de forma rápida para executar as ações de erradicação definidas pelo Ministério da Agricultura.

Segundo Júlia Godoy, depois de instalar as armadilhas nos municípios, caso seja encontrado foco da praga, são realizadas medidas de controle como pulverização, técnica de destruição dos machos, coleta e enterro dos frutos. Para saber o resultado da ação, é feito o monitoramento diário nos locais considerados de alto risco.
Nos dias 25 e 26 de fevereiro, técnicos do Ministério da Agricultura reúnem-se com representantes dos governos da Guiana e Suriname, em Macapá (AP), para traçar estratégias de controle da mosca nas regiões de fronteira.

 

Localização 

As áreas consideradas de alto risco para a disseminação da mosca-da-carambola são: Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará e Roraima. Na zona de risco médio estão: Acre, Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Tocantins. Os demais estados estão classificados como de baixo risco. As principais formas de disseminação são o transporte de frutos contaminados e os locais de comercialização desses produtos.

A mosca-da-carambola é originária da Malásia e Indonésia e foi encontrada no Suriname em 1985. Chegou à Guiana Francesa em 1989 e, em 1996, surgiu o primeiro foco no Brasil, no município de Oiapoque, no Amapá. Em 2007, a praga apareceu na fronteira do Amapá com o Pará, mas foi erradicada no estado em 2008. No momento, a mosca pode ser encontrada em Roraima e Amapá, estados que fazem fronteira com a Guiana e Guiana Francesa, onde a praga está presente.

Existem duas armadilhas para capturar a mosca: a Jackson (utilizada para atrair os machos, por meio de atrativo sexual -- feronômio) e a Mcphail (que chama a atenção das fêmeas, com atrativo alimentar -- cheiro de goiaba). O ciclo de vida da mosca é de 126 dias.

 

Fonte:
Ministério da Agricultura



11/02/2011 19:02


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