Agricultura investe R$ 18 milhões no apoio a cooperativas



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está investindo R$ 18 milhões, entre 2009 e 2010, em ações de apoio a cooperativas e no fomento à intercooperação para acesso a mercados e internacionalização das vendas.

“Essas organizações representam 40% da produção agropecuária brasileira, mas não conseguem, com facilidade, ter acesso a mercados no Brasil e no exterior. Por isso, definimos em planejamento para que elas desenvolvam atividades coletivamente, com maior eficiência”, conta o diretor de Cooperativismo e Associativismo do Mapa, Daniel Amin.

Uma dessas ações, o apoio técnico e financeiro para a formação de consórcios, é uma ferramenta jurídica que aproxima as cooperativas da produção, indústria e distribuição, preservando a identidade de cada uma, porém com atuação conjunta no mercado. Estão em andamento a constituição de nove consórcios nos setores de maçã em Santa Catarina e Rio Grande Sul; flores e plantas ornamentais no Nordeste; café no Cerrado mineiro; frutas no norte de Minas Gerais, em Petrolina/PE e Juazeiro/BA; suco de frutas em Alagoas e Sergipe; cacau em Ilhéus/BA; produtos orgânicos em Macapá/AP e avicultura na Bahia.

Como exemplo, o diretor do Mapa relata que o consórcio da maçã deve englobar entre 10 a 15% da produção nacional, com a união de 14 cooperativas e associações de produtores. Outros nove consórcios estarão formalizados, até setembro. Além desses, outros dois setores já demandaram apoio do Ministério da Agricultura: suínos em São Paulo e o cooperativas e associações que trabalham dentro da CeasaMinas.      

Sucesso - A atuação conjunta de cooperativas em Santa Catarina, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia e Goiás mostra que essa forma de trabalho dá resultado. O Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB), que agrupou mais de 79 mil agricultores, representa 20% da produção nacional de soja, 20% de milho, 15% de café e 70% de algodão. Em 2008, quando foi constituído, o CCAB investiu R$ 2 bilhões em logística. Hoje possui defensivos agrícolas com marca própria, importa e distribui genéricos, tornando-se um balizador de preços no mercado nacional.

Fonte:

Ministério da Agricultura

 



15/03/2010 17:02


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