Agricultura: Rússia volta a comprar carne bovina de São Paulo



Na semana passada, o governador Cláudio Lembo enviou ofício solicitando às autoridades daquele país a retomada do comércio

A Rússia, um dos principais países importadores da carne bovina brasileira, assinou nesta manhã (05/10), documento autorizando a retomada do comércio com dois estados: São Paulo e Goiás. A medida será oficializada entre os Governos dos dois países ainda amanhã. Isto acontece uma semana depois de ofício enviado pelo Governo paulista solicitando o fim do embargo e enumerando as ações de defesa sanitária tomadas, e que tem permitido que São Paulo complete 10 anos sem registrar um único foco de febre aftosa.

O ofício ao Ministério de Agricultura da Rússia partiu de uma solicitação do setor produtivo para que as autoridades brasileiras e paulistas expusessem todo o trabalho sanitário realizado no Estado. Representantes da cadeia produtiva da carne, entre eles o Sindifrio (Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de São Paulo) em audiência com o secretário de Agricultura e Abastecimento, Alberto Macedo, solicitaram a intervenção do Governador Cláudio Lembo, o que foi prontamente atendido. O documento foi enviado por intermédio do Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores às autoridades russas.

A Rússia fechou às importações de carne bovina brasileira quando do aparecimento de focos de febre aftosa nos estados do Mato Grosso do Sul e Paraná no ano passado, e havia incluído São Paulo. Em todo o país, somente Mato Grosso, Tocantins e Rondônia ainda mantinham o comércio do produto. Apesar de o estado não registrar a doença há 10 anos, São Paulo foi penalizado por ser corredor de exportação para 60% das vendas externas brasileiras do setor. No primeiro semestre de 2006, a cadeia de bovídeos paulista rendeu US$ 1,23 bilhão em exportações. A Rússia é o maior comprador individual da carne bovina brasileira, com 22,7% de participação em 2005, chegando a US$ 564 milhões.

Durante a crise da aftosa em 2005, São Paulo impediu a entrada da doença em seu território implantando corredores sanitários com os estados vizinhos, fazendo o rastreamento dos animais que ingressaram e transitaram no território paulista. “Isto não foi uma ação pontual, mas é permanente, continuamos este mesmo aliado às campanhas de vacinação. Na última, em maio, alcançamos 99,50% de um rebanho total de

10/05/2006


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