Agripino: aprovar voto aberto é "pré-condição para qualquer acordo" para desobstruir pauta



O líder do Democratas, senador José Agripino (RN), afirmou da tribuna, na tarde desta terça-feira (25),que seu partido coloca o exame dos projetos que exigem voto aberto em processos de perda de mandato como "pré-condição para qualquer acordo" que permita a retomada de votações pelo Senado. O DEM e o PSDB vêm promovendo obstrução seletiva nas votações em Plenário.

Agripino reafirmou sua disposição para negociar com o governo, mas exige que o Plenário do Senado vote três projetos que tratam de voto aberto ou secreto. O primeiro é uma proposta de emenda à Constituição, de autoria do ex-senador Sérgio Cabral, que prevê voto aberto nos Plenários do Senado e da Câmara nos processos de cassação de mandatos parlamentares.

O segundo projeto é uma resolução do senador João Durval (PDT-BA) que determina o afastamento de qualquer senador de cargos da Mesa, de comissões ou do Conselho de Ética, caso responda a processo por quebra de decoro. O processo deve, antes, ser aceito pelo Conselho de Ética.

A terceira condição imposta pelo líder do Democratas para a retomada de votações é o exame de uma proposta de emenda à Constituição do senador Paulo Paim (PT-RS) que acaba com qualquer votação secreta no Congresso. José Agripino acha que este deve ser o último dos três a ser votado, pois teme que ele seja rejeitado.

- Imagina o Plenário do Senado derrotar uma emenda constitucional que acaba com o voto secreto depois de tudo que aconteceu nos últimos dias. O que as pessoas vão pensar do Senado? Por isso, defendo que, primeiro, coloquemos na pauta o projeto do senador Sérgio Cabral que prevê voto aberto apenas para cassação de mandato - afirmou José Agripino.

Mais tarde, questionado pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), o líder José Agripino incluiu nas condições para um acordo com a base do governo a instalação da CPI das ONGs, criada há alguns meses. Heráclito é o autor do requerimento da CPI.



25/09/2007

Agência Senado


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