Agripino cobra teor da conversa entre Lula e o MST
O senador José Agripino (PFL-RN) cobrou nesta segunda-feira (7) o teor da conversa entre os representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em audiência realizada na última quarta-feira (2), no Palácio do Planalto. Agripino assinalou que não houve divulgação da conversa.
- Será que o espetáculo do crescimento foi anunciado a eles e não tomamos conhecimento? - perguntou.
Agripino disse que esteve em Cuiabá e Dourados, no Mato Grosso, onde participou de reuniões partidárias, e em encontro com pequenos, médios e grandes agropecuaristas do estado, foi manifestada a preocupação com a mensagem percebida nas imagens do presidente vestindo o boné do MST, brincando com a bola e colocando um biscoito na boca de um sem-terra. Segundo ele, o gesto do presidente passou a mensagem de tolerância do governo ou que estariam sendo anistiadas as ações ilegais do MST.
O senador lembrou que, durante a campanha eleitoral, Lula prometeu criar 10 milhões de empregos, e agora terá que criar mais 600 mil, que é o número de novos desempregados nos primeiros seis meses de governo. Ele também disse ter visto na televisão notícias sobre alistamento de pessoas que moram em cidades para se instalarem em acampamentos do MST.
- O Brasil demorou muito a chegar a um estado de direito e quer a lei - afirmou.
Agripino ainda renovou apelo para que a reforma política entre na pauta da convocação extraordinária. Ele explicou que, na semana passada, conseguiu o número de assinaturas necessário para a apresentação do requerimento correspondente, mas ainda depende de concordância da Câmara dos Deputados.
- Todos os partidos se manifestaram favoráveis - ressaltou.
07/07/2003
Agência Senado
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