Emilia Fernandes quis saber teor da conversa entre Regina e ACM na casa de assessora
Regina Borges respondeu que estava muito preocupada com a troca da empresa que prestava assistência à operação do painel e, ao mesmo tempo, com as investigações que estavam em curso pelos técnicos da Unicamp para identificar a possível violação do painel, e pediu um encontro para tratar dessas questões com Antonio Carlos. Segundo ela, esses foram os assuntos tratados no encontro, na residência da assessora, de forma rápida. Antônio Carlos corroborou a versão dada por Regina.
Emilia Fernandes também quis saber da ex-diretora do Prodasen se ela teria conhecimento da conversa entre José Roberto Arruda (sem partido-DF) e Antônio Carlos, quando o então presidente do Senado recebeu a lista contendo os votos secretos dos senadores. Regina afirmou que não teria condições de saber o que foi conversado entre os dois, porque não estava presente ao encontro. A funcionária confirmou, todavia, que o senador pela Bahia lhe telefonara para acusar o recebimento da lista na frente de Arruda.
Emilia Fernandes perguntou ainda a Regina se ela tinha consciência de que poderia perder a aposentadoria e "jogar na rua" seus 28 anos de serviço, caso fosse configurada sua culpa. Nesse momento, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), interveio e esclareceu que a ex-diretora do Senado estava sendo apenas acareada e não processada, e que, somente depois de constatada sua eventual culpa no episódio de violação do painel é que ela poderia ser julgada em um processo administrativo.
03/05/2001
Agência Senado
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