Agripino defende construção de barragem para evitar enchentes no Rio Açu (RN)



Em pronunciamento nesta segunda-feira (11), o senador José Agripino (DEM-RN) voltou a defender a construção da barragem de Oiticica, no Rio Grande do Norte, como forma de evitar os prejuízos causados aos produtores de manga, banana, camarão e sal pelas cheias anuais do Rio Açu.

José Agripino disse que a construção do empreendimento depende apenas da vontade política do governo federal, tendo em vista que a obra foi incluída no Orçamento da União de 2009 e está com o seu projeto pronto. Por iniciativa do senador, a barragem também foi incluída no Orçamento de 2004, chegando a ter seus recursos empenhados, embora não tenha havido a liberação de verbas.

- O governo se comprometeu a realizar a obra e não liberou nenhuma prata. A construção é de responsabilidade do governo federal. O governo do meu estado é correligionário do governo Lula. Não haveria entrave nenhum - afirmou.

Em seu discurso, José Agripino lembrou que as enchentes ocorridas no Vale dos Rios Açu e Apodi, em 2008, também causaram prejuízos à economia do Rio Grande do Norte, tendo o governo na ocasião feito um repasse de verbas que ficou aquém do valor prometido.

- Prometeram 98 milhões de reais, que estariam incluídos em medida provisória aprovada aqui, em tempo recorde. Desse valor, somente 7 milhões foram liberados. Não chegou nem a dez por cento dos 98 - disse o senador, informando que as entradas e pontes afetadas continuam sem reparos e com trânsito precário.

Neste ano, as enchentes voltaram a ameaçar uma vocação natural potiguar, a exemplo do cultivo de manga, banana, camarão de cativeiro e sal, e a demora no socorro emergencial poderá fazer com que os produtores locais "partam em debandada" para outros estados, previu Agripino.

O senador discordou ainda de anúncio feito na semana passada pelo ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, em visita ao Nordeste, de que o socorro destinado às cidades atingidas pelas chuvas será repassado somente após a apresentação de um plano de recuperação pelos respectivos prefeitos municipais.

- Repete-se agora a mesma conversa. [O governo] anuncia por enquanto 7 milhões de liberação. Que não é nada, é perto de nada, é muito perto de nada - lamentou Agripino.



11/05/2009

Agência Senado


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