Agripino diz que DEM vai partir para o confronto para derrubar CPMF
Em pronunciamento nesta quinta-feira (18), no qual criticou declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a oposição que o DEM vem fazendo à prorrogação da CPMF, o líder do partido no Senado, José Agripino (RN), afirmou que seus correligionários partirão para o confronto em Plenário contra a aprovação da matéria.
- O presidente disse que vai aprovar a prorrogação da contribuição apesar do 'DEMos'. É uma atitude truculenta, que não condiz com a posição cavalheiresca do vice-presidente José Alencar. Este, na condição de presidente interino, veio ao Senado buscar o diálogo - disse.
Agripino explicou que o DEM fechou questão sobre o assunto porque entende, entre outras razões, que o governo arrecada demais e também pode ganhar com o fim da CPMF, uma vez que a extinção do imposto pode gerar uma desoneração dos juros pagos pela dívida interna do país.
- O governo deve cerca de R$ 1,5 trilhão de sua dívida interna e pode pagar menos R$ 14 bilhões do serviço da dívida em 2008 caso a CPMF seja extinta, porque a taxa de juros do Banco Central pode baixar depois disso, numa reação em cadeia, segundo afirmações dos economistas - sustentou o parlamentar.
Agripino criticou ainda o argumento do governo de que o fim da CPMF pode acabar com os programas sociais, como o Bolsa-Família.
- A CPMF é um imposto injusto para com os pobres. Atinge todo mundo, ao contrário do que prega o governo. O pobre que compra no armazém da esquina paga pelos 0,38 centavos que o comerciante embutiu do imposto. Vai ter uma tragédia se o Bolsa-Família acabar? O governo tem recursos. Isso não é desculpa -finalizou.
18/10/2007
Agência Senado
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