Agripino homenageia Arthur Virgílio Filho e Oswaldo Lamartine
Os 20 anos da morte do ex-senador Arthur Virgílio Filho, que transcorrerão no próximo dia 31, motivaram o senador José Agripino (DEM-RN) a apresentar requerimento solicitando a inserção em ata de voto de lembrança pela data. Segundo Agripino, Virgílio era "rápido como um raio e nacionalista por convicção". Defendeu os princípios de autodeterminação, não-intervenção e não-alinhamento do Brasil nas disputas entre os blocos hegemônicos internacionais.
Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho nasceu em Manaus, no dia 12 de fevereiro de 1921. Formado em direito, ingressou na vida pública como chefe de gabinete do governo do Amazonas. Seu primeiro mandato foi em 1947, quando eleito deputado estadual no Amazonas. Em 1958 foi eleito deputado federal. No ano seguinte tornou-se vice-líder do PTB e também do bloco parlamentar de oposição.
Em 1962 elegeu-se senador pelo Amazonas. Tomou posse no ano seguinte e logo em seguida foi escolhido para liderar o PTB. Ocupou também a vice-liderança da Maioria. Renunciou à vice-liderança depois do golpe militar de 1964. Foi cassado em 1969 e teve seus direitos políticos suspensos por dez anos. Em agosto de 1979 foi beneficiado pela anistia. É pai do atual senador Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM).
Os senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Tião Viana (PT-AC), Heráclito Fortes (DEM-PI), Jayme Campos (DEM-MT), Mário Couto (PSDB-PA) e Sérgio Zambiasi (PTB-RS) apoiaram o voto de lembrança proposto por José Agripino e felicitaram também ao senador Arthur Virgílio Neto.
Oswaldo Lamartine
José Agripino também apresentou requerimento de voto de pesar pela morte, em Natal, do escritor e sertanista Oswaldo Lamartine de Faria, aos 87 anos. O pesquisador foi encontrado morto no apartamento em que morava, na noite de quarta-feira (28), com um tiro no peito. Segundo sites de notícia do Rio Grande do Norte, ele vinha adoentado e alimentando-se por sonda.
Oswaldo Lamartine, que era filho do ex-governador do Rio Grande do Norte Juvenal Lamartine, consagrou-se como um dos maiores sertanistas brasileiros, conforme salientou Agripino. Ele era dedicado ao estudo do sertão do Seridó potiguar, sobre o qual escreveu alguns livros. Ocupava uma vaga na Academia Norte-Rio-Grandense de Letras.29/03/2007
Agência Senado
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