Agripino insiste na instalação de CPI do Apagão Aéreo



O senador José Agripino (PFL-RN) protestou nesta quinta-feira (22) contra a decisão da Câmara dos Deputados de não instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, destinada a investigar os recorrentes atrasos em vôos e os transtornos nos aeroportos brasileiros. O líder do PFL no Senado está disposto a aguardar a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a existência ou não de fato determinado que justifique a instalação da CPI. Se o Supremo reconhecer a crise no setor aéreo nacional como motivação, Agripino diz que não restará alternativa a não ser coletar assinaturas, desta vez no Senado, para novo requerimento de instalação da CPI do Apagão Aéreo.

- A CPI existe para investigar um assunto, encontrar a causa de um problema e encaminhar soluções. Está bom ver o país se irritar com a morosidade nos aeroportos e ver os órgãos responsáveis do governo não atuarem para resolver o problema? - indagou.

Agripino lembra que o direito de ir e vir é assegurado pela Constituição e que viajar de avião, com o barateamento das passagens, "não é mais privilégio de rico". O senador disse ainda que "a incompetência do governo nessa questão vai ser paga pelo erário", já acionado por ações de indenização impetradas pela TAM e pela Gol contra a União.

Os senadores Romeu Tuma (PFL-SP), César Borges (PFL-BA), Mão Santa (PMDB-PI), Efraim Morais (PFL-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e Cícero Lucena (PSDB-PB), todos oposicionistas, fizeram críticas ao enfrentamento da crise aérea pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva e alertaram para a insegurança que ronda o setor.



22/03/2007

Agência Senado


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