Agripino: Sarney tem o apoio dos senadores para reestruturar a Casa
O senador José Agripino (DEM-RN) disse, nesta terça-feira (16), que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tem o apoio dos seus colegas, incluindo os líderes dos partidos, na tarefa de reorganizar administrativamente a Casa. E entre os passos desse desafio estaria a investigação de todos os atos praticados com dolo e a punição exemplar dos culpados.
No entender de Agripino, com esse apoio será possível reestruturar o Senado, diminuindo-se a quantidade de terceirizados, já que, segundo ele, "infelizmente não se pode mexer nos concursados".
- Podemos diminuir o tamanho do Senado, para dar à sociedade um bom exemplo, cortando na carne, reconhecendo os erros praticados, recompondo-se perante a opinião pública - assinalou Agripino.
O senador disse concordar com a indignação de Sarney por estar sendo condenado na imprensa em razão dos erros do Senado. Agripino ressaltou que não se pode medir um homem público "por um detalhe ou outro, por mais significativo que seja esse detalhe dentro de uma circunstância".
O parlamentar lamentou que muitos editoriais e artigos questionem a importância e o fato de o Senado existir, embora haja razões para opiniões desse tipo. Lembrou, entretanto, que cabe aos senadores tornar o Senado interessante aos olhos da opinião pública.
- Se esta Casa já deu tantos bons exemplos, por que não pode, sim, ressurgir e passar a dar bons exemplos? - perguntou Agripino.
E alguns bons exemplos já teriam sido tomados, de acordo com o senador, que mencionou a reversão do pagamento de horas extras creditadas indevidamente pela "esmagadora maioria dos gabinetes" e a normatização dos procedimentos com relação ao uso de passagens.
Quanto aos chamados atos secretos, ainda que as denúncias passem à sociedade a imagem de que o Senado está fazendo "jogo do faz de conta", o parlamentar disse discordar. Mas recomendou que Sarney lidere o processo de normalização administrativa, de modo que nenhuma dúvida paire sobre a lisura dos atos praticados na Casa.
16/06/2009
Agência Senado
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