Alberto Silva apresenta plano para ocupar trabalhadores sem-terra



O senador Alberto Silva (PMDB-PI) sugeriu a formação de um grupo de trabalho para levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a idéia de ocupar os trabalhadores sem-terra com um projeto realmente capaz de lhes garantir renda. A idéia, segundo explicou o senador na sexta-feira (9), em Plenário, consiste em o governo distribuir quatro hectares para cada uma das 150 mil famílias que deverão ser assentadas este ano, orientando-as no cultivo consorciado de mamona e feijão.

- Vamos formar esse grupo de trabalho para que os sem-terra, em vez de estarem por aí invadindo as coisas, quebrando, terem a vida ordenada. Vamos ordenar a vida deles e empregá-los como brasileiros sérios e honestos que são, que querem trabalhar e que só precisam de alguém para organizar sua vida. Para que sejam cidadãos, com conta no banco, com os filhos na escola e com esperança neste grande país.

De acordo com Alberto Silva, é possível ao governo dar a cada uma dessas 150 mil famílias quatro hectares de terra, visto que experiência semelhante, com a orientação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), já foi bem sucedida no Piauí.

- Já treinamos isso num hectare durante cinco anos seguidos. Não tem erro. Você tira uma tonelada por hectare de mamona e tira também no mínimo uma tonelada de feijão. Só que você precisa de uma boa semente e de adubo - disse o senador.

O plano de Alberto Silva prevê que o governo compre 600 mil hectares de terra, a R$ 500 cada um, para distribuir a essas 150 mil famílias. Em seguida à compra, ainda de acordo com seu plano, o governo deveria desmatar um hectare da terra e ará-la, adubá-la, tratá-la e plantá-la. Três hectares ficariam reservados. Tendo o governo gasto R$ 300 milhões pelo total da terra, deveria gastar também mais R$ 300 milhões pelo desmatamento e preparação dessa área.

- Então, se o governo gasta aí seiscentos milhões de reais e prepara seiscentos mil hectares de terra, isso resulta em empregos para cento e cinqüenta mil famílias. Isso rende o que? Uma tonelada de mamona e uma tonelada de feijão. Então seiscentos mil hectares rendem seiscentas mil toneladas de feijão e mamona.

No mesmo projeto de Alberto Silva, consta que cada grupo de cinco mil famílias teria uma associação e uma diretoria contratada para administrar uma usina. Portanto, 150 mil famílias se distribuiriam em 30 associações de cinco mil grupos familiares cada uma. O senador assegura que, ao final, seu plano resultaria numa renda mensal de R$ 700 para cada família e a um custo baixíssimo para o governo.

09/06/2006

Agência Senado


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