Alberto Silva pede ao governo programa educacional para crianças de dois a seis anos
O senador Alberto Silva (PMDB-PI) pediu nesta sexta-feira (12) ao governo, em Plenário, para desenvolver um programa educacional, com direito a merenda escolar, destinado às crianças de dois a seis anos. Ao atender aos meninos e meninas dessa faixa etária, disse ele, o país estaria criando as condições necessárias para que eles viessem a ter sucesso escolar ao ingressarem no ensino fundamental.
Como exemplo, ele citou experiência promovida em Teresina (PI), na época em que governou o Piauí. Ao redor de unidades tradicionais de ensino fundamental, relatou o senador, várias casas de moradores foram utilizadas como salas de aula, nas quais estudantes do Instituto de Educação em final de curso eram contratadas para desenvolver as habilidades psico-motoras de crianças da primeira idade, em turmas de seis alunos.
- Com cinco anos de idade, as crianças já estavam lendo, escrevendo e se sentindo gente. E eu dizia a elas: vocês não são excluídos, vocês pertencem ao Piauí e merecem o respeito da sociedade - recordou Alberto Silva.
Como não podia contar com auxílio federal para a merenda escolar dos alunos de dois a seis anos, o senador decidiu então, como relatou em Plenário, criar uma fábrica de alimentos, que produzia 12 mil pães e 400 litros de leite de soja por hora, além de outros produtos. Ele defendeu a mudança da legislação para que a União passe a dar assistência às crianças menores. "Se não nasce com defeito, toda criança é um gênio e estará preparada para o ensino fundamental com muito mais condições de aprender", apostou.
Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) lembrou que havia morado no sul do Piauí, antes de ingressar na vida pública, e que pôde constatar na região a admiração da população local por Alberto Silva, pela preocupação do senador com o desenvolvimento da educação no estado.
Alberto Silva defendeu ainda a maior utilização pelas escolas brasileiras de ensino fundamental de telecursos, destinados a oferecer aos estudantes um ensino mais atraente e moderno. Por outro lado, sustentou a necessidade de o governo oferecer à população pobre serviço de atendimento dentário. "A saúde começa pela boca", observou.
12/03/2004
Agência Senado
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