ALCÂNTARA COMENTA RELATÓRIO DA ONU SOBRE DESENVOLVIMENTO HUMANO



A relação entre o fortalecimento da democracia e o fim da pobreza mundial é a principal questão destacada pelo Relatório da ONU 2000, cujas conclusões apontam para a busca de uma perfeita identidade entre desenvolvimento e direitos humanos. Os resultados do trabalho patrocinado pela Organização das Nações Unidas foram apresentados nesta quarta-feira (dia 16) pelo senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE).
Apesar de reconhecer as desigualdades de todo gênero existentes no mundo, o Relatório faz um balanço positivo dos avanços registrados neste século, particularmente após a Carta das Nações Unidas e a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, observou o senador.
Conforme Alcântara, o Relatório mostra que, nas três últimas décadas, "houve mais educação, mais programas sanitários e mais investimentos nas áreas subdesenvolvidas do mundo". Assim, de 1970 a 1998, a esperança média de vida nos países do Terceiro Mundo aumentou em dez anos (de 55 para 65 anos), a taxa de alfabetização de adultos foi de 48% para 72% e a mortalidade infantil foi reduzida de 111 mortes por mil crianças nascidas vivas para 64 casos.
A ONU também reconhece, segundo o senador, que esses avanços não foram registrados em todo o mundo subdesenvolvido, onde a situação dos países da África subsaariana, como Angola, Somália, Etiópia, Eritréia, Serra Leoa e Congo, é no mínimo desesperadora. Na mesma região, acrescentou, há quase 30 milhões de pessoas contaminadas pelo vírus HIV e as estimativas são de que, em cinco anos, esse número chegue a 40 milhões.
Outro ponto do Relatório da ONU destacado por Lúcio Alcântara foi o reconhecimento de que o impacto da globalização nas sociedades subdesenvolvidas foi adverso: ao invés de progresso, "contribuiu bastante para aprofundar as contradições sociais", aumentando a distância entre ricos e pobres. Dados do Banco Mundial, acrescentou, demonstraram que, entre 1990 e 1997, o consumo privado per capita nos países ricos aumentou cerca de 3% ao ano. Esse índice, nos países subdesenvolvidos, foi de 2,6% ao ano.

16/08/2000

Agência Senado


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