Sibá comenta livro sobre relatório da CIA
O livro O Relatório da CIA - Como será o mundo em 2020 foi objeto de comentários do senador Sibá Machado (PT-AC) durante discurso em Plenário nesta quinta-feira (17). Essa obra trata de possíveis cenários que teriam sido elaborados pela agência de inteligência dos Estados Unidos para a situação internacional dos próximos anos. O parlamentar ressaltou que, entre outros pontos, o livro trata de como poderá estar o Brasil em 2020.
Sibá declarou que o relatório destaca a democracia, a economia diversificada, a "população empreendedora e as sólidas instituições brasileiras". E citou trecho do livro no qual se afirma que "o sucesso ou o fracasso do Brasil na tentativa de equilibrar medidas econômicas pró-crescimento com uma agenda social ambiciosa - a qual busque reduzir a pobreza e igualar a distribuição de renda - terá um profundo impacto no desempenho econômico e político da América Latina nos próximos 14 anos".
- Ou seja, mesmo em uma análise que visa a um mundo cada vez mais globalizado, a possibilidade de o Brasil ascender à liderança mundial depende da capacidade de combater a pobreza e de superar a absurda concentração de riquezas - disse ele.
De acordo com o senador, o relatório prevê que o poder mundial continuará concentrado com as atuais potências reunidas no G-8, mas que, "a esse pequeno clube, deverão ter acesso mais uns poucos países: além de China e Índia, também são candidatos Brasil, Indonésia e, de forma mais limitada, África do Sul".
Em aparte, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) disse que "o PT, que sempre condenou os norte-americanos e o imperialismo, faz agora a apologia de um relatório da CIA e nele se baseia para os seus próximos passos". Ao responder, Sibá afirmou ser necessário "manter o debate em nível elevado" e que Heráclito o estava "tratando de forma preconceituosa".
Reajustes salariais
Sibá também destacou em Plenário a constatação, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de que os reajustes salariais do primeiro semestre foram os maiores, em termos semestrais, desde 1996, ano em que o Dieese começou a fazer esse levantamento.17/08/2006
Agência Senado
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