ALCÂNTARA DEFENDE MUDANÇAS NA LEI QUE TRATA DA LIVRE CONCORRÊNCIA



O senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) defendeu uma rápida reformulação na legislação que trata da garantia da defesa da livre concorrência. Ele justificou sua posição citando o caso da fusão das companhias de cerveja Brahma e Antarctica, que, apesar de ter sido anunciada há sete meses, ainda não foi concretizada em virtude de órgãos do governo não terem chegado a uma conclusão se as empresas formariam ou não um monopólio.
Ainda sobre a fusão da Brahma e da Antarctica, Lúcio Alcântara defendeu o rápido esclarecimento das denúncias de tentativa de suborno de integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), encarregado de julgar a legalidade da fusão das cervejarias, para que votassem a favor do negócio.
- É necessário que o inquérito da Polícia Federal seja concluído o mais rápido possível, para que os fatos sejam esclarecidos e a população possa conhecer realmente se houve algo que possa afetar a credibilidade do Cade e de seus integrantes. Queremos uma conclusão definitiva, para que não paire mais nenhuma dúvida - afirmou Lúcio Alcântara.
O senador pelo Ceará disse que apesar da morosidade na análise do negócio fechado entre a Brahma e a Antarctica pelos órgãos do governo, na prática a fusão já ocorreu. Para Lúcio Alcântara, "o que talvez ocorra é a desfusão" se o Cade chegar à conclusão de que a AmBev monopolizará o mercado cervejeiro do Brasil.
Em aparte, o senador Geraldo Melo (PSDB-RN) concordou que a decisão sobre a fusão da Brahma e da Antarctica está demorando. Ele disse que se a globalização é irreversível, fatalmente as empresas de menor porte se verão obrigadas a competir com as maiores companhias do mundo, e que é necessário refletir se não seria importante para o país criar uma entidade privada em condições de resistir e enfrentar esse tipo de competição.

28/02/2000

Agência Senado


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