Alcântara diz que mulher cearense sofre discriminação



A mulher cearense é vítima de violência dentro do lar por parte dos pais, maridos e companheiros e sofre discriminação, denunciou o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE), ao comentar recente estudo elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Informação do Ceará (Iplance) sobre a situação da mulher naquele estado nos últimos 10 anos. Segundo o senador, o estudo abrange dados estatísticos sobre as condições de saúde, educação e participação da mulher cearense na política e no mercado de trabalho.

O estudo, conforme informou Lúcio Alcântara, revela, entretanto, que as mulheres cearenses vêm superando, paulatinamente, "as discriminações e preconceitos existentes na machista sociedade cearense". Informa ainda que as mulheres são maioria no Ceará e que, de uns anos para cá, cresceu o número de mulheres chefes de família. O estudo aponta também que o estado de saúde da mulher cearense é bom, apesar de as taxas de mortalidade materna serem altas.

O estudo demonstra que a mulher cearense continua ganhando menos do que os homens, embora tenha crescido a participação dela no mercado de trabalho. Entretanto, grande parte das mulheres trabalha sem a carteira assinada. Lúcio Alcântara informou também, com base no estudo, que é crescente a participação da mulher cearense na política.

Para Lúcio Alcântara, o estudo realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Informação irá contribuir não somente para uma melhor compreensão da real situação da mulher cearense, "mas para a emancipação total e o reconhecimento de suas qualidades e capacidades".

20/12/2001

Agência Senado


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