Alcântara lamenta a morte do arquiteto Sérgio Bernardes
Ao lamentar a morte de Sérgio Wladimir Bernardes no dia 15 deste mês, o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) comentou que o estado de saúde do arquiteto vinha se debilitando desde que sofreu um derrame, há dois anos. Sérgio Bernardes faleceu em sua residência, de falência múltipla dos órgãos. Segundo o senador, o arquiteto foi um inovador na tecnologia e no uso de materiais: além do concreto, da madeira e do aço, incorporou neblina, reflexos, sons e odores em seus projetos, mencionou o senador.
De acordo com Alcântara, o arquiteto deixou um acervo com mais de 6 mil projetos, entre eles o Mausoléu de Castello Branco, o Palácio do Governo do Ceará, ambos em Fortaleza (CE), o Hotel Tambaú, em João Pessoa (PB), os postos salva-vidas da orla marítima do Rio de Janeiro e o condomínio Casa Alta, no bairro carioca de Humaitá.
Sérgio Bernardes ganhou o Grande Prêmio de Arquitetura de Veneza, na Itália, o Prêmio Internacional da Bienal de São Paulo e, por seu trabalho mais conhecido, o Pavilhão de São Cristóvão, no Rio, recebeu a Estrela de Ouro da Feira Internacional de Bruxelas, na Bélgica. Também são seus os projetos do Aeroporto Internacional de Brasília e o Pavilhão das Bandeiras, na Praça dos Três Poderes, ressaltou o senador.
- Sérgio Bernardes, desde cedo desenvolveu, como nenhum outro arquiteto, esse dom. Desde seus primeiros trabalhos, sobretudo de residências, já prenunciava um talento incomum, que se consolidaria numa seqüência de propostas arquitetônicas sempre marcadas por uma estética própria e renovadora, conseqüência da utilização de inventivos processos construtivos e de um detalhamento preciso - disse.
O parlamentar ainda salientou que, nas faculdades de Arquitetura de todo o país, a obra de Sérgio Bernardes é matéria de permanente consulta e estudo.
- O talento original de Sérgio Bernardes só é comparável à sua dimensão humana. Os que o conheceram pessoalmente destacam a doçura do temperamento, a cordialidade, a prosa atraente, a atenção e o humor permanente - comentou.
26/06/2002
Agência Senado
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