ALCÂNTARA RESSALTA DIFICULDADE DE ATINGIR A PAZ
Ao discursar durante a sessão de homenagem aos 50 anos de Israel o senador Lúcio Alcântara (PSDB-CE) lembrou o exemplo do ex-Primeiro Ministro de Israel, Yitzhak Rabin, que foi general vitorioso nas guerras, mas terminou sendo assassinado, quando lutava pela paz entre árabes e israelenses. "Ele descobriu ser mais difícil combater a cizânia e obter a paz do que lutar contra exércitos inimigos", enfatizou.
Ele leu, em plenário, uma carta enviada pela Confederação Israelita do Brasil, enaltecendo a maneira carinhosa com que o Brasil sempre recebeu as comunidades estrangeiras. "Os imigrantes se integraram logo na vida do país,cujo caldão de raças é um exemplo para o resto das nações do planeta. Aqui não há racismo, há total liberdade de cultos e de religião e todos se irmanam num único propósito, o amor à patria brasileira", escreveu o presidente da Conib.
Na carta, a Conib ressalta haver uma "simbiose" de carinho e respeito entre Israel e o Brasil. "Quis o feliz destino que um brasileiro, o chanceler Oswaldo Aranha presidisse a sessão histórica da Assembléia Geral das Nações Unidas que criou o Estado de Israelmarcando, perenemente, seu nome e o do Brasil à história da jovem nação que surgia".
Alcântara relatou, ainda,uma viagem que fez a Israel, em dezembro de 1989. "Visitei órgãos governamentais, universidades e até centros de pesquisa situados no deserto, onde encontrei uma cientista que havia visitado o Ceará e até adotado uma criança cearense. Fiz, então, um paralelo entre Israel e o meu estado, onde também há o fantasma da diáspora, onde a miséria espalha cearenses pelo mundo inteiro", concluiu.
30/04/1998
Agência Senado
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