Almeida Lima critica "adesismo" do PMDB e diz que oposição deve exercer seu papel
O senador Almeida Lima (PMDB-SE) criticou, em discurso nesta terça-feira (5), o que chamou de "degeneração do adesismo, que é a forma incestuosa, abastardada e depravada de governo". Ele se referia especialmente à decisão do seu partido de participar da coalização proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Almeida Lima citou notícias divulgadas pela imprensa sobre o grande número de políticos que querem ingressar no PMDB o qual, afirmou, "não é mais uma trincheira de lutas, de ideário político, de convicções, de defesa dos interesses nacionais, passando a ser, simplesmente, um balcão de negócios".
O senador qualificou o PMDB de "adesista", salientando que o partido não quis indicar candidato à Presidência da República, "ficando na moita, à espera da abertura das urnas para saber que partido ficaria no governo para pegar a presa fácil, que são os cargos, as benesses, as sinecuras que o governo está, descaradamente, a oferecer, sob a alegação diversa de que é preciso governabilidade". Na opinião do senador, a governabilidade decorre da postura que cada governo assume diante do Parlamento.
- Por mais elaboradas que sejam as justificativas para a prática degenerada do adesismo, não conseguirão turvar a sabedoria do povo. 'Governabilidade', 'coalizão' e 'entendimento com base em proposta de governo' continuarão sendo os apelidos ou os cognomes da prática depravada, chamada adesismo - afirmou o senador, salientando que aquele que está no poder não pode corromper a minoria, que é extremamente necessária, importante.
Em aparte o senador Mão Santa (PFL-PI) elogiou o colega de partido.
05/12/2006
Agência Senado
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