Almeida Lima diz que PDT está de portas abertas para dissidentes do PT



O senador Almeida Lima (PDT-SE) prestou solidariedade nesta sexta-feira (23), em Plenário, ao deputado federal João Fontes (SE), que foi suspenso da bancada do Partido dos Trabalhadores juntamente com a deputada Luciana Genro (RS), por haver se posicionado contra as reformas constitucionais propostas pelo governo. O representante sergipano afirmou que o PDT está de portas abertas para receber João Fontes, a senadora Heloísa Helena (PT-AL) e quantos outros petistas estiverem envolvidos nessa discordância.

Durante seu pronunciamento, Almeida Lima prestou solidariedade também aos eleitores que votaram em Fontes e afirmou que o deputado sergipano não merece este tipo de tratamento. A crise entre o PT e Fontes agravou-se quando o deputado divulgou vídeo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se posicionava, em 1987, contra a taxação dos inativos do serviço público contida na atual proposta de reforma da Previdência Social.

Almeida Lima disse estar defendendo -um sergipano de valor, irrequieto, de espírito rebelde- e vinculado sempre às -causas justas e à defesa dos trabalhadores-. Ele relatou que João Fontes encontra-se no PT há mais de oito anos e que, antes disso, esteve por um período curto no Partido Liberal (PL).

- Agora estão tentando desqualificá-lo por ter sido presidente do PL em Sergipe. É o mesmo PL que serviu de sustentação para a eleição de Lula, cujo nome maior é o ex-senador e vice-presidente da república José Alencar. Querem desqualificar João Fontes com a pecha de neoliberal - afirmou Almeida Lima.

O senador criticou ainda a forma como o PT vem lidando com a situação. Na sua opinião, o partido, em vez de enfrentar os fatos, procura desqualificar as pessoas. -Estão usando a velha prática do Goebbels-, afirmou o senador, referindo-se ao ministro de Propaganda do regime nazista.

Em aparte, o senador Eurípedes Camargo (PT-DF) afirmou que a forma como o PT lidou com o caso tem raízes na tradição e na origem do partido, cujo maior princípio é que democracia interna seja protegida. -Na busca dessa democracia, as decisões e as divergências internas são solucionadas pelo coletivo-, disse ele.



23/05/2003

Agência Senado


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