Almeida Lima reafirma proposta para uma nova CPI



O senador Almeida Lima (PMDB-SE) reafirmou nesta segunda-feira (17), ter apresentado requerimento, na quarta feira (12), para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar irregularidades do governo denunciadas pela imprensa, mas ainda não apurados.

Ele conclamou a oposição a permanecer unida e, por meio dessa nova CPI, realizar as investigações necessárias para esclarecer os fatos relacionados à violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa junto à Caixa Econômica Federal, a relação mantida pelo presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, com o presidente da República, a relação entre Fábio Luiz (filho do presidente Lula) com a operadora de telefonia Telemar, entre outros assuntos.

O senador afirmou que a resistência manifestada por setores do governo à instalação dessa nova CPI não o surpreende e ressaltou que até o presente momento o governo tem se comportado de forma a dificultar todas as investigações.

-Daí, para mim, justificar-se o impeachment do presidente Lula da Silva com base no artigo 85 da Constituição Federal que define os crimes de responsabilidade praticados pelo presidente da República e inclui os atos do presidente que atentam contra o livre exercício do Poder Legislativo - afirmou.

Almeida Lima entende que a instalação, neste ano eleitoral, de um CPI como a que ele propôs, justifica-se ainda mais porque o resultado das investigações dará oportunidade aos que concorrerão ao pleito de poder fazê-lo sem que, contra si, pese qualquer dúvida acerca de seu comportamento ético e moral.

O senador por Sergipe lembrou que sofreu uma tentativa de ataque à sua imagem, "até mesmo de linchamento moral", por haver acusado o então Chefe da Casa Civil da presidência da República, José Dirceu, de participação no escândalo Waldomiro Diniz. No entanto, ressaltou que, naquele momento, há cerca de dois anos, quando formulou sua denúncia, o fez com a responsabilidade que a história hoje registra.

Almeida Lima recebeu a solidariedade do senador Mão Santa (PMDB-PI) que considerou sua nova proposta de CPI "um exercício de profilaxia dos maus costumes na política nacional".



17/04/2006

Agência Senado


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