Alvaro Dias apóia fim do voto secreto para cassações, mas não para veto e eleição da Mesa
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apoiou da tribuna a aprovação pela Câmara, em primeiro turno, da emenda constitucional que acaba com o voto secreto no Congresso Nacional. Ele ponderou, no entanto, que as votações de vetos presidenciais, de nomes de autoridades e para eleição das Mesas da Câmara e do Senado deveriam continuar secretas. Na sua opinião, isso evitará que os parlamentares sejam constrangidos pelo Executivo ou por lideranças partidárias.
Alvaro Dias pediu aos senadores líderes de partidos que coloquem em votação de urgência a emenda constitucional assim que ela chegar ao Senado.
- Será uma resposta à expectativa nacional de moralização da atividade política. Se o Congresso está extremamente desgastado, maculado pela corrupção que alguns praticaram e pela omissão de muitos, temos de agir para recuperar a imagem de credibilidade junto à opinião pública - afirmou o senador.
Em aparte, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que concordava com o fim do voto secreto para processos disciplinares, mas não aceitava o voto aberto para vetos presidenciais e eleição dos presidentes e outros cargos das Mesas do Senado e da Câmara.
- Voto aberto para tudo, como foi aprovado na Câmara, é um crime. O que se quer fazer é o princípio da ditadura, que o Lula deseja implantar no Brasil - disse.
Também em aparte, o senador Sibá Machado (PT-AC) lembrou que o Senado rejeitou há algum tempo uma proposta de emenda constitucional do senador Tião Viana (PT-AC), que também acabava com o voto secreto.
- Antes tarde do que nunca. Mas é preciso examinar com cautela o assunto. Nem oito, nem oitenta - recomendou.05/09/2006
Agência Senado
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