Alvaro Dias apresenta reivindicações das indústrias paranaenses



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) apresentou as reivindicações encaminhadas pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) ao presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, em reunião realizada no último dia 30, da qual participou o senador. De acordo com o parlamentar, são investimentos estratégicos vitais para o avanço da competitividade do setor industrial paranaense.

As reivindicações tratam de melhorias nos eixos logísticos, como a duplicação de rodovias, melhorias das ferrovias, modernização dos terminais aeroviários - mais de 95% da produção paranaense exportada utilizam terminais outros estados -, modernização de portos - como a construção do cais oeste do porto de Paranaguá -, diversificação da matriz elétrica, aumento da eficiência energética das indústrias e a criação de parques tecnológicos e de desenvolvimento industrial em Cascavel, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá e Curitiba.

A reunião, informou o representante paranaense, discutiu a possibilidade de um apagão logístico a médio prazo, caso o governo federal não viabilize investimentos em infra-estrutura. Alvaro Dias reconheceu que a falta de investimentos no setor não é exclusiva do atual governo, que, no entanto, não pode usar este argumento como desculpa pelo baixo nível de investimento atual.

O senador citou estudos da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib) segundo os quais os investimentos realizados entre 2003 e 2006 nos setores de energia elétrica, petróleo e gás, telecomunicações, saneamento e transporte representam entre 50% e 75% do demandado pelas respectivas malhas. De acordo com a Abdib, são necessários investimentos da ordem de R$ 87 bilhões por ano, no mínimo, aplicados ininterruptamente por uma década, somente para evitar o colapso ou mesmo racionamentos, desequilíbrios ou insuficiência na infra-estrutura.

O estudo informa ainda que os recursos são aplicados de forma desproporcional, com os setores de petróleo e gás e telecomunicações recebendo volumes substanciais, enquanto os de energia elétrica, transporte e saneamento chegam a contar com aportes de menos da metade que o necessário.

- Esse volume de investimentos não será assegurando pelo governo, e são fundamentais os investimentos do setor privado - afirmou o parlamentar, advertindo que o ambiente regulatório não favorece a atração investimentos, uma vez que as regras não são respeitadas, além de pouco transparentes.

O parlamentar tratou de outros gargalos logísticos, como o rodoviário. Disse que a Confederação Nacional do Transporte (CNT) analisou que o estado de 75% das rodovias brasileiras é ruim ou péssimo. Lembrou que, ano passado, morreram em acidentes de trânsito 6,6 mil pessoas e outras 61 mil ficaram feridas.

Alvaro Dias citou empresário paranaense que, desejoso de ampliar sua produção, diante o "ambiente inóspito" para investimento, chegou à conclusão que deveria se mudar para o Uruguai.

Em aparte, o senador Mário Couto afirmou que a única estrada federal no Pará em condição de tráfego é a BR-316.



09/08/2007

Agência Senado


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