Álvaro Dias critica ausência de FHC em ato pela paz em Foz do Iguaçu
Na oportunidade, informou o senador, cerca de 30 mil pessoas representando 65 etnias diferentes, proclamaram, em diversas línguas, a paz mundial, em oposição "ao falso alarmismo" de autoridades internacionais que denunciam a existência de narcotraficantes e terroristas naquela região, cobrando o engajamento dos governos situados na área de fronteira entre os três países para combatê-los.
- Se eu fosse fazer ironia, eu diria que a ausência do governo federal preencheu uma grande lacuna. Mas, sem ironia, considero que o governo pecou gravemente ao desconsiderar um evento daquelas proporções - avaliou.
O senador atribuiu, entre outros, ao embaixador americano no Brasil, a responsabilidade por "denúncias verborrágicas" que só têm concorrido para prejudicar a vida daquela comunidade. As afirmações do embaixador sobre a possibilidade de existirem focos terroristas nas cidades da tríplice fronteira prejudicam o turismo, esvaziam os hotéis e provocam o desemprego na região, explicou o senador.
Álvaro Dias também manifestou preocupação com os métodos escolhidos pelos Estados Unidos para revidarem os ataques terroristas de 11 de setembro.
- O modelo Bush é o ideal para combater o terrorismo? - Perguntou o senador, que considera arriscada "a adoção de um modelo calcado na prepotência bélica, que também coloca em risco a democracia e os direitos humanos".
Jefferson Peres (PDT-AM) manifestou, em aparte, seu apoio ao governo americano no que se refere à retaliação contra o Afeganistão. Para ele, os atentados ao World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em Washington, mereciam o revide que os Estados Unidos e os aliados estão promovendo. Ele lembrou que o governo afegão deu suporte ao terrorista Osama Bin Laden, o que justificaria a ação armada.
Lauro Campos (PDT-DF) apontou, mais uma vez, a importância da guerra para o metabolismo capitalista. Ele citou o encontro de Bush com o presidente da Russia, Vladimir Putin, durante o qual o presidente americano, ao mesmo tempo que concordava em reduzir de 7 mil para 2 mil o número de ogivas nucleares intercontinentais, anunciava seu projeto de concretizar o projeto Guerra nas Estrelas (escudo antimísseis sobre o espaço aéreo do planeta).
A senadora Heloísa Helena (PT-AL) disse que a ação dos norte-americanos naquela região da Ásia é "mais um lance da disputa pelas grandes reservas petrolíferas que se encontram no subsolo daqueles países" e acrescentou que "não existe possibilidade de paz sem justiça social".
14/11/2001
Agência Senado
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