Alvaro Dias defende restabelecimento da autoridade do Estado na segurança



O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defendeu o restabelecimento da autoridade do Estado e da competência administrativa na área da segurança pública. Ele opinou que o assalto sofrido pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, e pelo vice-presidente do STF, ministro Gilmar Mendes - ocorrido na última sexta-feira (8), no Rio de Janeiro - revela que os marginais já estão se considerando mais poderosos que as autoridades constituídas.

Na avaliação do senador pelo Paraná, o governo tem sido omisso, relapso e até conivente com o crime, na medida em que sequer aplica os recursos disponibilizados no orçamento para a contenção da violência. Ele informou que, visando a acabar com essa omissão, o Senado aprovou recentemente projeto de sua autoria que obriga os governo federal e estaduais a aplicarem integralmente os recursos destinados à área de segurança pública, sob pena de o presidente da República, o ministro da Justiça, o governador do estado e o secretário de segurança pública serem acusados por crime de responsabilidade.

Outro projeto de Alvaro Dias na área de segurança pública, já aprovado pelo Senado, garante às vítimas de testemunhas de delitos o direito ao anonimato. Em aparte, o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) lamentou que, no episódio do assalto de Ellen Gracie e Gilmar Mendes, o secretário de Segurança Pública do Rio, Roberto Precioso Júnior, tenha responsabilizado a própria presidente do STF pelo assalto, por ela não ter solicitado escolta da Polícia Federal.

Economia

Alvaro Dias também manifestou seu descontentamento com a política econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que estaria levando o Brasil a conviver com taxas de crescimento irrisórias, em contraste com o que ocorre com o restante do mundo. Ele informou que mais uma vez os analistas reduziram a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano: caiu de 2,86% para 2,80%.

Em aparte, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) lembrou que, diferentemente do presidente Lula, que estima um crescimento no próximo ano de 5%, o próprio Banco Central, em seu boletim semanal Focus, manteve a previsão de 3,5%. Virgílio registrou que esses 3,5% por cento de crescimento, se confirmados, se darão em cima de um crescimento já muito baixo, o deste ano, que ele estima que ficará entre 2,6% e 2,7%.

Outro assunto abordado por Alvaro Dias foi a pesquisa realizada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) que revelou que cada brasileiro ficaria 23% mais rico se o país reduzisse seu índice de corrupção interna para o equivalente ao do Chile. Se a corrupção no Brasil fosse semelhante à da Dinamarca, disse o senador, cada brasileiro poderia receber 70% a mais do que ganha.



11/12/2006

Agência Senado


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