Alvaro Dias nega que haja unanimidade sobre ação brasileira em Honduras



O senador dirigiu várias perguntas ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, observando que especialistas em direito internacional e em direito constitucional questionam a forma como o Brasil vem conduzindo a questão da permanência de Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, na embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Álvaro Dias estranhou que o governo brasileiro, ao não atender o pedido de avião por parte de Zelaya - que queria a aeronave para voltar a Honduras - não tenha depois acompanhado o desenrolar dos fatos que acabaram resultando na chegada de Zelaya à embaixada do Brasil em Honduras.

Ele ainda considerou contraditório que o Brasil defenda para si o papel de mediador do conflito, quando, ao mesmo tempo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja tão enfático em criticar o presidente em exercício de Honduras, Roberto Micheletti, classificando-o de "golpista".

Em resposta, o ministro Celso Amorim disse que o avião foi solicitado três meses antes da chegada de Zelaya à embaixada e que ninguém nunca duvidou da possibilidade de que Zelaya tentasse voltar a Honduras. Mas contestou, mais uma vez, que isso signifique que o Brasil sabia da intenção do presidente deposto de pedir abrigo na embaixada brasileira.



29/09/2009

Agência Senado


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