Alvaro Dias presta tributo aos criadores do Plano Real
"É preciso ter memória". Com essa frase, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) encerrou discurso no qual fez um tributo aos economistas e políticos responsáveis pelo lançamento do Plano Real, em 1994, quando se iniciou a estabilidade da moeda brasileira por meio do controle da inflação.
Lançado durante a gestão do ex-presidente Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso à frente do Ministério da Fazenda, o Plano Real foi aprofundado após a eleição do ex-ministro para a Presidência da República, assinalou Alvaro Dias, quando foram feitas reformas para "eliminar as estruturas atrasadas e injustas que travavam as potencialidades nacionais", como a Lei de Responsabilidade Fiscal.
- [O plano] representou uma mudança radical de atitude que permeou toda a população brasileira. Trouxe previsibilidade e restaurou a capacidade de planejar racionalmente - disse.
O senador fez um histórico de todos os planos editados desde a década de 80 para controlar a inflação, que já chegou a 83% ao mês, e afetava a população por corroer o poder de compra de seus salários. Ressaltou que hoje há uma melhora inegável das condições de vida dos brasileiros, sem remarcação de preços, e creditou isso ao Plano Real e à valorização da moeda nacional. A partir daí, argumentou, foi possível criar ainda programas sociais que atendem aos que vivem em linha de miséria, como o Comunidade Solidária, que deu origem, aos programas atuais.
Agora, argumentou, devem ser feitas reformas consideradas fundamentais, como investimentos em infra-estrutura, em educação e saúde e mudanças para disciplinar as despesas públicas ao estabelecido no orçamento - ambas consideradas pelo senador como "ações estratégicas que podem assegurar um Brasil moderno e desenvolvido com justiça social".
Alvaro Dias citou os nomes de André Lara Resende, Edmar Bacha, Gustavo Franco, Pérsio Arida, Winston Fritsch, além de José Serra, Mário Covas e Pedro Malan, que participaram, ao lado de Fernando Henrique, do processo de estabilização da moeda e do controle da inflação.
- Fernando Henrique deve se orgulhar de incorporar essa passagem à sua rica biografia - disse.
20/12/2007
Agência Senado
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