Alvaro Dias reivindica paz no campo para que empresário rural possa trabalhar



O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Terra, senador Alvaro Dias (PSDB-PR) reivindicou em Plenário nesta quarta-feira (7) paz e harmonia no campo para que o empresário rural possa trabalhar, produzir e exportar. Segundo ele, sem a contribuição do agronegócio, a situação econômica e social do Brasil seria ainda pior.

Alvaro Dias protestou contra a tentativa do governo Lula de atribuir a si essas conquistas de produção rural e exportação, afirmando que elas refletem investimentos feitos no passado e o extraordinário empenho e competência dos empresários rurais. "Basta que o governo não atrapalhe", é o que se diz nas empresas rurais, revelou.

Ele lembrou que cerca de 42% das exportações do Brasil no ano passado foram provenientes da agricultura, pecuária e produtos agroindustriais, mas alertou que a crescente situação de insegurança e violência, semeada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) pode inviabilizar a continuidade desse êxito.

O senador pelo Paraná lembrou que o governo federal já anunciou recursos da ordem de R$ 1,7 bilhão para ações de reforma agrária. O problema é que a competência gerencial não tem sido a marca desse governo, observou.

Para Alvaro Dias, todos estão cansados de promessas e palavras. Somente uma ação vigorosa e eficiente do governo, na direção certa, pode resgatar sua credibilidade, porque sem ela, haverá desordem e violência, concluiu.

Em aparte, o senador Leonel Pavan (PSDB-SC) afirmou ficar preocupado quando o presidente Lula critica os parlamentares por falarem demais. "Ao contrário, ele é quem fala demais e está virando chacota nacional e internacional. Ao prometer que o MST não teria gente para ocupar tanta terra que iria receber, o presidente cria expectativas impossíveis de serem concretizadas", destacou.

Também em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que o MST granjeará mais simpatia para sua causa se não houver violência nas ocupações e invasões que promoverem. Ele lembrou que o líder do movimento, João Pedro Stedile garantiu, em seu depoimento na CPI da Terra, que o movimento é pacífico. Para Suplicy, seria útil que a CPI da Terra deslocasse alguns de seus integrantes para as áreas de conflitos iminentes. Alvaro Dias respondeu que a CPI já planejou visitas a alguns estados da Federação.



07/04/2004

Agência Senado


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