Alvaro Dias saúda participantes da Marcha contra a Corrupção




Em pronunciamento nesta quinta-feira (8), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) saudou o público que participou de forma espontânea da Marcha Contra a Corrupção, realizada em Brasília no feriado de Sete de Setembro. Alvaro Dias classificou o movimento como uma "manifestação de força, energia, responsabilidade pública e civilidade", resultante da "espontaneidade indignada do povo de Brasília".

Alvaro Dias também destacou o caráter apartidário da marcha, que não contou com a participação de partidos políticos, sindicatos e outras entidades. Segundo ele, foram os brasileiros que, vivendo no Distrito Federal, convocaram a manifestação por meio das redes sociais de comunicação.

O senador disse ainda que não importa o número exato das pessoas que participaram da marcha. O importante, segundo ele, é que a manifestação reuniu uma multidão com energia, consciência política, responsabilidade pública convocando as autoridades a agirem.

A força das redes sociais, disse Alvaro Dias, arrastou até mesmo, às vésperas do evento, apoio de entidades de respeitabilidade como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

O senador disse ainda que quem teve oportunidade de, como ele, assistir à marcha, verificou que a manifestação começou tímida e foi crescendo, ganhando força sobretudo pela transferência de pessoas que em uma via [da Esplanada dos Ministérios] assistiam ao desfile oficial e mudaram de mão para participar do protesto contra a corrupção.

Alvaro Dias disse ainda que, desde o movimento pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor, atual senador pelo PTB de Alagoas, o Brasil não tinha visto uma manifestação igual, reunindo um público heterogêneo de trabalhadores, classe média, estudantes, mulheres, jovens e crianças.

- Não foi uma manifestação da direita, da esquerda, do centro. Foi uma manifestação ampla de todos aqueles que resistem à banalização da corrupção e preservam a capacidade de indignação - afirmou.

O senador salientou ainda que a manifestação espontânea ofuscou o desfile oficial da Independência, que teve um custo anunciado de R$ 900 mil, enquanto a marcha "teve custo zero e foi mais imponente, mais bela e mais significativa do que aquela que custou caro ao povo brasileiro".

Ele também afirmou que o alvo principal da marcha foi o Congresso Nacional, "embora seja o Executivo o Poder corruptor e onde mora a corrupção, hoje de forma destacada, com sujeira debaixo do tapete que não é removida". Outro destaque da marcha, afirmou, foi o apelo por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue a corrupção, além de manifestações pelo voto aberto.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a indignação popular oferece dois caminhos: O primeiro é a implantação imediata de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a corrupção, iniciativa que ele disse respeitar. O segundo caminho é insistir junto à presidente Dilma Rousseff que ela faça uma "faxina" antes da CPI, afirmando a liderança do Executivo na luta contra a corrupção.



08/09/2011

Agência Senado


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