Álvaro Dias traça perfil favorável da economia



O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) traçou nesta quarta-feira (dia 11), em Plenário, quadro favorável da economia brasileira, cujas perspectivas considerou "excelentes". Para o parlamentar, a atual onda de crescimento econômico é resultado da política de estabilização monetária baseada na austeridade fiscal - controle do gasto público - e das "amplas" reformas econômicas realizadas nos últimos sete anos.

- O Brasil está colocado em rota segura e rápida em direção ao crescimento econômico e ao desenvolvimento, agora em bases sustentáveis. O único fator que pode prejudicar essa conjuntura favorável é o imponderável, e aí não há maneira de se antecipar ao que não se pode antecipar - disse Álvaro Dias.

Depois de elogiar o profissionalismo e a capacidade de planejamento da equipe econômica, o senador paranaense citou uma série de indicadores econômicos que comprovam a boa saúde da economia. O Produto Interno Bruto (PIB), por exemplo, teve crescimento de 4,46% em 2000 e deverá apresentar incremento de 4,5% neste ano, num cenário de controle das contas públicas, o que, lembrou o senador, é inédito no Brasil.

Álvaro Dias mencionou a inflação de apenas 5,9%, medida no ano passado pelo Índice Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), como um fator positivo para a retomada do crescimento, mas também como um instrumento capaz de elevar 5,2 milhões de brasileiros acima da linha da miséria, entre 1993 e 1999. Observou o senador que a inflação alta prejudicava principalmente os mais pobres.

A queda no déficit público é outro indicador positivo, segundo o senador. Do ponto de vista nominal (incluindo os juros da dívida pública), o déficit situou-se em 4,5% do PIB em 2000, desempenho em grande parte devido ao superávit primário (receitas menos despesas, exceto juros) de 3,5% do PIB. Também cooperou a queda dos juros, mesmo que para um nível ainda considerado alto - cerca de 15% ao ano.

O déficit nas contas externas é o indicador mais preocupante, na opinião de Álvaro Dias. No ano passado, as transações correntes (balança comercial, de serviços e transferências unilaterais) apresentaram-se deficitárias em US$ 24 bilhões, tornando o país muito dependente dos investidores internacionais para fechar o balanço de pagamentos.

11/04/2001

Agência Senado


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