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- A Polícia Federal disse que não há um inquérito instaurado porque a CPI não pediu - explicou.

Com o inquérito instaurado a partir do requerimento - que precisa ser aprovado no plenário da CPI - o senador afirma que será possível investigar o vazamento do sigilo bancário de Francenildo, que recebeu depósitos de R$ 25 mil em sua conta desde o início do ano. Sobre ele pairam suspeitas de que teria recebido pagamento para depor contra o ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Nildo, como é conhecido o caseiro, afirma ter recebido um dinheiro de família. Alvaro Dias crê que a culpa pelo vazamento é da Caixa Econômica Federal, onde o caseiro mantinha conta. Também há suspeitas de que a própria PF tenha vazado as informações à imprensa:

- O vazamento é uma violência à Constituição Federal, uma afronta aos direitos do cidadão.

Com o inquérito, será ouvido ainda o motorista Francisco, que afirmou ter visto o ministro na casa de lobby montada por assessores de Palocci quando este era prefeito de Ribeirão Preto (SP). Também deverá ser ouvido o corretor Carlos, que revelou ter visto Palocci quando negociava o aluguel de uma mansão com Rogério Buratti e Ralf Barquete, ex-assessores do ex-prefeito.

- O requerimento vai garantir a linha de investigação em curso. É uma medida preventiva para evitar novas liminares - disse Alvaro Dias, lembrando do instrumento jurídico concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao senador Tião Viana (PT-AC), que impediu o prosseguimento do depoimento de Francenildo à CPI dos Bingos.

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