"Ambulatório do Umbigo" orienta pais nos cuidados com recém-nascidos
Atendimento personalizado é realizado até cinco dias após o nascimento do bebê
Cristiane da Silva Pereira deu à luz Isaias no mês de maio. Cinco dias após o parto, mãe e filho estavam de volta ao hospital para realizar a consulta pós-natal no “Ambulatório do Umbigo”, programa implementado no Hospital Estadual de Vila Alpina, que visa orientar as famílias em relação aos cuidados com o recém-nascido.
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No ambulatório, a consulta do pós-parto pode ser antecipada para os cinco primeiros dias de vida do bebê e, dependendo do caso, para até 24 horas após a alta médica, o que promove a melhora do quadro clínico de 85% dos recém-nascidos já no primeiro retorno.
Cristiane foi à consulta acompanhada de seu marido, Edcarlos Silva de Araujo, que também teve a oportunidade de conversar com a enfermeira para esclarecer as dúvidas do casal. “É muito bom a gente ter essas informações, assim podemos fazer tudo da maneira correta”, disse o pai do bebê.
A coordenadora do serviço de neonatologia do hospital, Suzana Altikes Hazzan, salienta a importância da participação da família nas visitas ao Ambulatório. “A participação do pai, do companheiro da mulher ou mesmo de um acompanhante é muito importante durante as primeiras semanas do bebê, para dar suporte à mãe nesse momento de descobertas”.
De acordo com Suzana, o ambulatório ganhou este nome porque o cuidado com o umbigo dos recém-nascidos é uma das maiores preocupações das mamães. “Os pais de primeira viagem têm muitas dúvidas, muitos medos, de como pegar [o bebê], de como agasalhar... E essas são todas questões sanadas aqui nesse ambulatório”.
Resultados
Levantamento feito em 2011 pela equipe médica do Ambulatório do Umbigo apontou que um dos principais problemas detectados nos recém-nascidos foi a icterícia neonatal, identificada em quase 50% dos 2 mil bebês que nasceram no Vila Alpina. O agravo, se não tratado adequadamente, pode deixar o bebê com graves sequelas, como surdez, retardo mental e distúrbios cognitivos.
Em segundo lugar, estão os casos de fissura mamária, com 12% de ocorrências registradas, problema que reflete diretamente no desmame precoce, prejudicando a nutrição e baixando a imunidade do bebê. As fissuras geralmente ocorrem no seio despreparado para a amamentação, devido à má posição da criança no momento da mamada e, principalmente, devido à técnica incorreta de sucção. Para resolver esse problema, antes da alta hospitalar, uma equipe de enfermagem do ambulatório faz orientações específicas e individualizadas para as mães.
Do Portal do Governo do Estado
01/22/2013
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