Americanos tentam explicar Fast Track e Alca à Comissão do Mercosul
- Viemos para tentar melhorar a interpretação brasileira - afirmou Steve Van Andel.
Ele explicou que, para os americanos, quanto mais livre o mercado, melhor para o consumidor. O senador Arlindo Porto (PTB-MG) concordou que um mercado livre é bom, mas também assinalou que, até o momento, essa liberdade tem sido muito boa apenas para o consumidor americano.
- As barreiras só crescem. Queremos exportar produtos que tenham valor agregado e não toneladas de insumos. Não estou percebendo boa vontade por parte dos Estados Unidos para mudar essa situação - disse Porto.
Mark Smith afirmou que o Fast Track não significa o fim das negociações sobre as barreiras para a importação de produtos brasileiros. Segundo ele, "tudo ainda está em aberto, tudo está na mesa de negociação". Porto, assim como o presidente da Comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR), assinalou que os produtos agrícolas foram retirados da pauta de negociação da Alca.
De acordo com Requião, há um consenso no Brasil de que o Fast Track atrapalha muito o processo da Alca, mas ressalvou que nada é definitivo em política:
- Os Estados Unidos não estão fazendo nada que o Brasil não faria se estivesse nas mesmas condições. Queremos apenas entender - afirmou.
11/12/2001
Agência Senado
Artigos Relacionados
Fast track para normas do bloco dará protagonismo ao Parlamento do Mercosul, prevê consultora
Comissão do Mercosul debaterá a ALCA e o Mercosul
Comissão do Mercosul debaterá Alca
Alca volta à pauta da Comissão do Mercosul
Comissão do Mercosul debate criação da Alca
Comissão debate conseqüências da Alca no Mercosul