Ana Amélia diz que reforma política é minuta de mudança do sistema eleitoral




A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse nesta quinta-feira (14) que a Comissão de Reforma Política não apresentou uma proposta acabada, mas apenas uma minuta de proposta de mudança do sistema eleitoral. A proposta ainda será votada pelo Plenário do Senado e pela Câmara. Ela observou que foi o quesito do sistema eleitoral que provocou mais divergências.

- Eu, por exemplo, fui voto vencido porque - uso até o exemplo do meu estado, o Rio Grande do Sul - a ex-deputada Luciana Genro, do PSOL, fez quase 130 mil votos e não chegou à Câmara dos Deputados pelo sistema eleitoral vigente. Já um deputado com 18 mil votos está ocupando uma cadeira na Câmara federal. Exatamente por isso que eu defendi o voto majoritário, e fomos vencidos nisso, por entender que a vontade do eleitor é que deve prevalecer - afirmou.

Ana Amélia elogiou a possibilidade apresentada pelo senador Itamar Franco (PPS-MG) de que, nas eleições municipais, possa haver candidaturas avulsas. Para ela, a grande mudança do ponto de vista dos defensores da lista fechada e do voto proporcional seria a obrigatoriedade de os partidos destinarem 50% das vagas às candidatas, para reforçar a inserção feminina na representação política.

Varig

A senadora também relatou audiência com a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), para tratar do ação sobre revisão tarifária da antiga Varig. Ela disse que a ação é importante para os beneficiários do fundo de previdência Aerus e para os empregados demitidos à época da falência da empresa, que não tiveram seus direitos trabalhistas assegurados.

- A ministra deu uma declaração confortadora, afirmando que não só ela, mas também o presidente do STF, ministro César Peluzzo, tem grande interesse e prioridade nesse julgamento - salientou.



14/04/2011

Agência Senado


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