Ana Amélia lamenta competição prejudicial no Mercosul



Na comemoração dos 20 anos do Mercosul, nesta quinta-feira (24), no Plenário do Senado, a senadora Ana Amélia (PP-RS) manifestou sua preocupação com a competição prejudicial dentro do bloco. Ela afirmou que os diferentes setores econômicos dos países que integram o Mercosul precisam, numa economia globalizada, mais de complementaridade e menos de concorrência entre si.

Ela exemplificou com o arroz produzido na Argentina e no Uruguai, que ingressa no Brasil sem tarifação, prejudicando o produtor nacional. O mesmo vale para os produtos manufaturados, principalmente aqueles conhecidos como linha branca (fogões, geladeiras e máquinas de lavar).

- Seria um caminho mais correto que nós nos uníssemos na complementaridade e não na concorrência - afirmou.

A senadora também tratou das diferenças de preços de insumos agrícolas. De acordo com ela, um trator feito no Brasil é vendido aqui por um valor 60% maior que no Uruguai. Já uma colheitadeira, também feita no Brasil, é vendida na Argentina 30% por um preço 30% menor que no Brasil.

A representante gaúcha também citou o problema do comércio de fronteira, que fica inviabilizado no Brasil pela existência, nos outros países, dos chamados free shops.

- Brasileiros deixam milhões de reais anualmente nessas lojas, preterindo, claro, os comerciantes brasileiros que contribuem regularmente com os impostos - disse.

Ana Amélia afirmou ainda que os acordos feitos entre o Mercosul e outros países, como o Egito e a Índia, não têm levado em conta as condições comerciais brasileiras, prejudicando a indústria nacional, como é o caso do setor de autopeças e de fabricação de ônibus.



24/03/2011

Agência Senado


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