Ana Júlia destaca combate à exploração ilegal de madeira no Pará
O combate à exploração ilegal de madeira no Pará, fruto de ação conjunta da Polícia Federal e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi elogiado pela senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA). Conforme revelou, estima-se que o esquema de fraude e falsificação de Autorizações de Transporte de Produto Florestal (ATPF"S) no estado tenha acarretado mais de R$ 45 milhões em sonegação de tributos.
- A grande importância desta ação do Ibama é enfrentar claramente a parte do setor madeireiro que na Amazônia age na ilegalidade - afirmou. A "Operação Feliz Ano Velho" constitui-se, segundo assinalou, na maior estratégia de combate à exploração ilegal de madeira no país, mobilizando mais de 110 policiais, em sete municípios, na execução de 34 mandatos de prisão expedidos pela Justiça Federal.
A realização pelo Ibama da "Operação Belém", uma auditoria minuciosa promovida, nos últimos seis meses, sobre as ATPF"S, revelou a emissão de 1.003 guias fraudadas e 260 falsas no estado. De acordo com Ana Júlia, esse "esquema criminoso" envolveu 180 empresas madeireiras, provocou a derrubada irregular de cerca de três milhões de árvores da floresta amazônica, movimentando a comercialização ilegal de cerca de 45 mil metros cúbicos de madeira.
Embora reconheça a importância de ações do gênero, a senadora petista apela ao governo federal para a criação de reservas extrativistas protegidas na floresta, o que permitiria a extração sustentável da madeira pela população nativa. Ana Júlia também explicou o voto contrário a projeto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), em 2003, que previa a criação de uma super zona franca na Amazônia.
Essa iniciativa não foi motivada, conforme esclareceu, pela ausência do Pará nessa zona comercial, mas pelo fato de sua estruturação resultar na retirada de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A senadora pelo Pará lamentou ainda, na oportunidade, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de não baixar a taxa básica de juros. Em contrapartida, revelou confiança no apoio do governo à aprovação da PEC paralela da Reforma da Previdência.
22/01/2004
Agência Senado
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