Ana Júlia pede apoio da PF para fiscaisdo trabalho no Pará
Os fiscais da Delegacia Regional do Trabalho do Pará estão se recusando a exercer suas tarefas sem o acompanhamento da Polícia Federal, depois que auditores do Ministério do Trabalho foram executados em Unaí (MG), ressaltou a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA), que pediu apoio ao pedido dos profissionais. Ela explicou que geralmente as denúncias de trabalho escravo têm sido investigadas com a participação da PF, mas é preciso um contingente maior de policiais para colaborar neste serviço.
- De fato, sem essa cobertura da PF, fica muito difícil fazer esse trabalho sem correr o risco de ser vítima de tragédia semelhante à ocorrida naquele município mineiro, dado o grau de organização e poder que essa modalidade de crime atingiu - afirmou.
A senadora disse que, para se ter uma idéia do perigo que correm os profissionais, no ano passado, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram sitiados em um hotel, em Altamira, por madeireiros refratários à lei.
Ana Júlia ponderou que, com a paralisação do trabalho dos fiscais, as inúmeras denúncias de trabalho escravo e o desrespeito continuado às leis trabalhistas correm o risco de ficar impunes, principalmente no sul do Pará, como nos municípios de Marabá, Redenção, Xinguara e Parauapebas, campeões nesse tipo de denúncia.
06/02/2004
Agência Senado
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