Andres considera evasivos depoimentos sobre inquérito do jogo do bicho
O presidente da CPI da Segurança Pública, deputado Valdir Andres (PPB), considerou evasivo o depoimento do delegado Carlos Santana da Rosa sobre o inquérito que investiga o jogo do bicho no Estado.
O parlamentar afirmou que Santana não soube explicar à CPI os motivos das rasuras e alterações na numeração das páginas do inquérito. "Estamos diante de um documento oficial mal elaborado e com falhas grotescas". Andres acredita que essa é uma prova do descaso da administração do PT com a segurança pública. "A desorganização do inquérito demonstra que o Governo está totalmente perdido em suas ações", declarou.
O delegado explicou que foram extraídos do inquérito e repassadas as Comarcas 12 mandados de busca e apreensão porque não tinham coincidências com as investigações sobre o jogo do bicho. Foram encaminhados também a Justiça alguns documentos sigilosos. "No momento que foram retiradas as peças do inquérito, refizemos a autuação para reorganizar a quantidade enorme de objetos e documentos".
Possível pressão
Andres acredita que os delegados Nedson Ramos de Oliveira, Thiago Firpo, Rodrigo Lorenzi Zucco, Luís Eduardo Santin Benites e Eliomar Franco possam estar sofrendo pressões. "Os seus depoimentos, em caráter sigiloso na CPI, em nada colaboraram com as investigações, pois não forneceram maiores esclarecimentos sobre o assunto", afirmou o parlamentar.
O presidente da Comissão adiantou que a partir da próxima semana a CPI retoma as investigações sobre a desestruturação da polícia civil e Brigada Militar, a quebra de hierarquia dentro das corporações, o fechamento de delegacias, a falta de recursos humanos e materiais no Instituto Geral de Perícia. "Vamos nos deter aos 14 itens do nosso requerimento, apontar as causas da insegurança no Estado e indicar rumos ao Governo".
Na próxima segunda-feira, dia 13/8, a CPI ouvirá a presidente da Febem, Ana Paula Mota Costa e o coronel da Brigada Militar, Roberto Ludwing. A presidente da Febem deverá falar sobre o policiamento da Brigada Militar dentro da instituição e o coronel sobre o episódio que culminou na destruição do relógio dos 500 anos. A reunião acontecerá, às 12h, no Plenarinho da Assembléia Legislativa.
08/09/2001
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