Ângela Portela denuncia 'situação crítica' da saúde pública em Roraima
A senadora Ângela Portela (PT-RR) disse nesta terça-feira (19) que o estado de Roraima se encontra em "situação crítica", que se agrava a cada dia, com problemas graves em várias áreas, como a saúde. Segundo a senadora, o governo de Roraima perdeu qualquer capacidade de apontar rumos, de propor alternativas de desenvolvimento econômico e social e de manter a máquina pública funcionando de forma satisfatória.
- A situação é tão preocupante que na última sexta-feira uma mulher que deveria ser submetida a uma cirurgia de rotina para implantação de uma prótese no fêmur, perdeu a vida porque os médicos operaram a perna saudável - lamentou.
Ângela Portela disse que, nos últimos meses, já se tornou comum no noticiário a perda de vidas nos hospitais públicos geridos pelo governo estadual, pois faltam médicos, medicamentos, equipamentos, condições de trabalho e instrumentos mínimos para um atendimento digno.
A senadora revelou que, de acordo com o próprio Conselho Regional de Medicina, nos últimos 16 meses foram registradas 70 denúncias de erros médicos em Roraima e, apesar disso, ninguém foi punido. Ela observou que, em 10 anos, apenas uma advertência pública foi adotada por conta desses procedimentos equivocados.
- A situação da saúde pública em Roraima é tão grave que uma operação da Polícia Federal, há poucos dias, desmontou uma quadrilha acusada de fraudar licitações e desviar os recursos que deveriam ser aplicados na compra de medicamentos para abastecer os hospitais. De acordo com o Ministério Público, R$ 30 milhões foram desviados entre 2008 e 2010, enquanto nos principais hospitais de Roraima cirurgias de emergência e eletivas são suspensas por falta de material - afirmou.
Mandatos cassados
Além desses problemas na área da saúde, a senadora ainda apontou problemas nas áreas de segurança pública, no plano de saúde dos servidores do governo do estado e com empréstimos consignados. Ela disse que o governador descontou os valores nos contra-cheques, mas não repassou à seguradora e aos bancos.
- Do jeito que está não pode continuar. A despeito da situação frágil da atual administração, cujos mandatos do governador [José Anchieta Júnior, do PSDB] e vice [Francisco de Assis Rodrigues, do DEM] foram cassados pela Justiça Eleitoral, entendemos que são necessárias medidas emergenciais para devolver a Roraima as boas práticas administrativas. Deixo aqui, portanto, o meu apelo, para que os titulares da administração pública roraimense façam o que precisa ser feito, deixando de lado questões políticas menores, porque no final quem mais sofre, quem mais perde, é quem mais precisa: as pessoas pobres e desassistidas do nosso Estado - concluiu.
20/04/2011
Agência Senado
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