Ângela Portela: país precisa parar de ‘caminhar para trás’



A senadora Ângela Portela (PT-RR) defendeu, nesta terça-feira (3), o estímulo à indústria nacional, objetivo da segunda etapa do Plano Brasil Maior. Para ela, a queda da produção é tão significativa que não seria exagero dizer que o país, atualmente, “caminha para trás”.

– Depoimentos de industriais são alarmantes. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Aguinaldo Diniz Filho, assegura que a indústria têxtil não mais existe no Brasil, pois para os empresários do setor tornou-se muito mais atrativo importar.

Segundo a senadora, a economia brasileira enfrenta, historicamente, o grave problema representado pela baixa taxa de poupança interna, o que reflete em baixa taxa de investimento. No pronunciamento ela citou uma avaliação feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que recomenda a taxa de investimentos de  25% ao ano, para que o país cresça ao ritmo de 5% ao ano de forma sustentada. Atualmente, essa taxa é de 19,3%.

A senadora acredita que, para elevar a taxa de investimento, é preciso reduzir as despesas dos gastos governamentais no setor público. Ela mencionou dados do Dieese, para dizer que países como o Brasil estão deixando de gerar empregos qualificados. Com a diminuição do peso da indústria, cria-se uma dependência perigosa dos produtos importados, uma vez que todos consomem produtos industriais com mais qualidade e em quantidades cada vez maiores, ressaltou.

– Uma nação que, sem completar seu círculo industrial, vê a indústria de transformação perder espaço para outros setores, principalmente os serviços, pode, em médio prazo, enfrentar graves problemas no setor externo, com crescentes déficits em conta corrente e conviver com reduções na geração e na qualidade dos empregos – advertiu a senadora.



03/04/2012

Agência Senado


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