Antero: ACM é traidor, mentiroso e chantagista



O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) acusou, em Plenário, nesta quarta-feira (dia 30), o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) de "traidor, mentiroso e chantagista". Em resposta ao discurso, Antero salientou que Antonio Carlos mentiu incontáveis vezes em todo o episódio e renunciou para fugir de uma inevitável cassação por quebra de decoro parlamentar.

Antero listou o que considerou mentiras de Antonio Carlos, destacando que, até que a fraude fosse comprovada, ele negou veementemente ter participado da violação do painel.

- O senador Antonio Carlos Magalhães mentiu sempre, inclusive hoje aqui no plenário. Não há também como negar o seu perfil de traidor, reafirmado em seu último discurso - disse, lembrando a trajetória de Antonio Carlos, que participou de vários governos e saiu quando lhe foi oportuno.

De acordo com Antero, Antonio Carlos teve atitude semelhante nos governos de Juscelino Kubitschek, João Batista Figueiredo, José Sarney e Fernando Henrique Cardoso: o político baiano retirou seu apoio no fim, depois de exercer o poder com desenvoltura. Quanto ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, cassado por corrupção, Antonio Carlos foi solidário até o fim, lembrou.

Antero também fez referência à crise energética vivida pelo país, que foi citada por Antonio Carlos em seu discurso, dizendo que o setor energético era assunto do senador baiano.

- ACM foi, na verdade, o ministro de Minas e Energia. Os dois indicados de "Vossa Excelência" não despachavam com o presidente Fernando Henrique: cumpriam ordens de ACM - disse, considerando que o governo teve culpa na crise energética, especialmente ao confiar em Antonio Carlos.

As diferenças entre o patrono do Senado Federal, o baiano Ruy Barbosa, e o ex-senador Antonio Carlos Magalhães, também foram destacadas no discurso de Antero. Ele apontou para a vida honrada e ética de Ruy Barbosa.

Em aparte, o senador Sebastião Rocha (PDT-AP) apoiou o pronunciamento de Antero e solidarizou-se com os senadores Ramez Tebet (PMDB-MT) e Roberto Saturnino (PSB-RJ), que foram atacados por Antonio Carlos em seu discurso final. O senador Hugo Napoleão (PFL-PI) defendeu Antonio Carlos, negando que ele tenha traído Juscelino Kubitschek.

30/05/2001

Agência Senado


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