Antero defende redução expressiva na taxa de juros



Ao registrar que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se nesta terça e quarta-feira (17 e 18) para decidir sobre a taxa básica de juros, o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) defendeu uma redução significativa do percentual que hoje é de 26,5%. Ele disse que, do contrário, o Brasil continuará caminhando para a recessão.

- A taxa básica de juros precisa ser reduzida significativamente para que tenhamos a retomada do crescimento. Baixar um ponto percentual ou um ponto e meio é continuar impondo condições de não crescimento para a economia; é só estabelecer uma nova forma de suicídio para a indústria. Baixar um ponto é dizer a um suicida que não pule do trigésimo andar, mas do vigésimo sétimo. Ele morrerá da mesma forma - afirmou Antero Paes de Barros.

Em junho de 2002, lembrou o senador pelo Mato Grosso, o dólar valia R$ 2,71, o risco-Brasil chegava a 2.302 pontos e o país -começava a se preocupar com o risco PT e o risco Lula-. Na época, a taxa básica de juros era 18,5%. Hoje, comparou, a cotação do dólar está em R$ 2,85, o risco Brasil baixou para 700 pontos e, mesmo assim, a taxa de juros atingiu o patamar de 26,5%.

Antero comentou que várias autoridades, entidades e lideranças vêm defendendo a redução da taxa de juros. Ele citou o vice-presidente José Alencar, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), o ministro do Trabalho Jaques Wagner, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, intelectuais e economistas ligados ao PT, o PDT, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho.

Por outro lado, Antero destacou que o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Gabriel Jorge Ferreira, ao declarar que a decisão do Copom deveria ser técnica, estaria defendendo ou a manutenção do percentual atual ou uma pequena queda na taxa de juros.

- No momento em que o país inteiro, em que sindicatos e trabalhadores querem a produção de empregos, em que o setor produtivo quer acabar com a asfixia de juros, ou o ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouvem o Brasil ou ouvem a Febraban, mantendo os juros, indicando um viés de baixa ou reduzindo de forma pífia os juros de 26,5% - disse Antero.



16/06/2003

Agência Senado


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