Iris de Araújo defende redução na taxa básica de juros



Mesmo reconhecendo que o momento atual exige prudência, a senadora Iris de Araújo (PMDB-GO) defendeu uma pequena redução na taxa básica de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) deverá anunciar sua decisão sobre o assunto nesta quarta-feira (21). Para a senadora, chegou a hora de iniciar o movimento de queda de juros para que a economia cresça e aumente a oferta de empregos.

- Sei o quanto é difícil a decisão a ser tomada pelo Copom. Mas não é menos difícil a vida do brasileiro: os de classe média, pendurados nos cartões de crédito, nos cheques especiais; e os mais pobres, mas que ainda podem consumir, pagando com juros, em numerosas prestações - afirmou Iris de Araújo.

Na avaliação da senadora por Goiás, no início do governo Luiz Inácio Lula da Silva havia mesmo o perigo de um desastre caso o país adotasse uma queda brusca dos juros. Mas agora, acrescentou, já entrando no sexto mês de governo, o que antes era um remédio (os juros altos) pode se transformar em veneno. -É o caso do antigo ditado que fala em morrer da cura-.

Iris de Araújo também elogiou as medidas que estão sendo estudadas pelo ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, para estimular os patrões a assinarem as carteiras de trabalho de suas empregadas domésticas. Ela informou que leu na imprensa que a proposta do ministro é que as pessoas físicas descontem do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) o montante gasto com seus empregados domésticos.

Considerando que a idéia é -brilhante, prática, concreta e criativa-, Iris de Araújo destacou que esta iniciativa poderá melhorar a arrecadação e diminuir a informalidade no mercado de trabalho. Por outro lado, ela sugeriu ao ministro que restrinja o desconto no imposto de renda dos empregadores apenas à quantia relativa ao pagamento da contribuição previdenciária, e não a todos os gastos com os empregados domésticos.



20/05/2003

Agência Senado


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