Antero pede esclarecimentos sobre suposto dossiê contra Cristovam e "censura" a programas de TV



O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) quer que o ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, confirme ou desminta a informação de que reuniu em dossiê material relativo à gestão do senador Cristovam Buarque (PT-DF) no Ministério da Educação. Como o dossiê supostamente comprometeria Cristovam, Antero apresentou nesta quinta-feira (5) à Mesa do Senado requerimento de informações, a ser encaminhado a Dirceu.

- Passadas 24 horas da informação publicada, não houve nenhum desmentido do ministro chefe da Casa Civil. É imprescindível, portanto, que ele encaminhe o dossiê que a imprensa informa ter sido montado ou desminta a informação publicada na Folha. A continuidade do silêncio é chantagem contra o exercício do mandato do senador Cristovam - disse Antero ao apresentar o requerimento.

Segundo a nota do Painel da Folha de S. Paulo de quarta-feira (4), Dirceu "montou na Casa Civil um dossiê sobre o Ministério da Educação para responder a novos ataques do senador Cristovam Buarque, que destila sua mágoa contra o ministro".

O líder do PT, Tião Viana (AC), manifestou-se em seguida para garantir que o ministro José Dirceu nutre "absoluto respeito à honradez, ao profissionalismo e à capacidade política do ex-ministro da Educação". E que Cristovam voltou ao Senado contando com o apoio do governo. Para Tião Viana, Dirceu não desmentiu a nota em sinal de eficiência administrativa.

- Governar é não perder tempo - afirmou o líder do PT.

Censura

Por meio de outro requerimento, Antero pediu explicações ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, sobre a reclassificação de cinco telejornais policiais, que foram proibidos de ir ao ar antes das 21h, por veicularem conteúdo de natureza violenta. Foram reclassificados os programas exibidos em rede nacional "Cidade Alerta", da TV Record, e "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes, e três programas exibidos no Ceará.

- Os telejornais prestam serviços e não podem ser objeto de censura. O ministro deveria propor um debate antes de tomar uma decisão - disse Antero. Ele lembrou que os jornais de rádio veiculados pela manhã também divulgam notícias sobre crimes e violência.



05/02/2004

Agência Senado


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