Antonio Carlos protesta contra agressões de Rosinha a Dutra
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) declarou nesta segunda-feira (21) que irá prestar sua solidariedade nesta terça-feira (22) ao presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, quando comparecer na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), contra as agressões - consideradas pelo senador, -sem qualquer propósito- - da governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB).
Ao protestar contra a atitude de Rosinha, o senador lembrou que, na cerimônia de assinatura de 11 contratos para a construção de três plataformas, com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a governadora disse ter havido irregularidades na licitação da plataforma da Petrobras na Bahia.
Antonio Carlos garantiu que a licitação realizada pela Petrobras na Bahia -está absolutamente correta- e informou que a empresa está instalando duas plataformas no Rio, uma no Espírito Santo e uma na Bahia, estranhando o fato de a governadora apontar irregularidades só na Bahia.
- Se reclamasse de uma maneira elegante, tudo estaria absolvido. Ela não poderia acusar como acusou. Dutra mesmo confirmou-me que o preço da Bahia era bem menor do que Rosinha queria para o Rio. Cabe lançar um protesto em nome do povo brasileiro porque a governadora quis desacreditar uma das maiores empresas do mundo - afirmou o senador, que lembrou ter convivido com Dutra no Senado e que nunca ninguém colocou qualquer dúvida sobre seu caráter.
Em aparte, o senador Roberto Saturnino (PT-RJ) se somou ao protesto de Antonio Carlos e afirmou que a atitude da governadora foi descabida.
Paim
Antonio Carlos Magalhães elogiou também o pronunciamento do senador Paulo Paim (PT-RS) a respeito do salário mínimo e o posicionamento do governo. Antonio Carlos lembrou a luta de Paim e dele próprio para um salário mínimo de US$ 100. Antonio Carlos disse que o Senado não é uma Casa conservadora, mas está demonstrando ser independente do governo. O parlamentar informou que enviou cartas ao ministro da Casa Civil, José Dirceu, e ao ministro da Fazenda, Antonio Palocci, advertindo pelo fato de o governo privilegiar com recursos a quem apóia o governo nas votações do Congresso.
21/06/2004
Agência Senado
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