Antônio Carlos Valadares manifesta preocupação com situação do Egito
O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) manifestou, em nome de seu partido, suas preocupações com a situação do Egito, cujo presidente foi recentemente deposto após intensas manifestações populares nas últimas semanas. Em pronunciamento nesta quarta-feira (16), ele pediu que o Brasil, "com o peso que já tem na diplomacia internacional", apóie todas as iniciativas para que aquele país se torne uma democracia.
O líder do PSB afirmou que o povo brasileiro se associa ao povo egípcio na celebração do fim da ditadura de Mohammed Hosny Mubarak, "que governava o país com mão de ferro há mais de 30 anos". A queda de Mubarak, porém, levanta "aflitas indagações sobre seus desdobramentos", cuja principal delas é se o país se tornará uma democracia.
O senador afirmou que apenas 17% dos egípcios são simpáticos aos Estados Unidos. Lembrou que a organização Irmandade Muçulmana já defende a realização de um plebiscito para revalidar acordo de paz assinado há 30 anos com Israel.
Antônio Carlos Valadares lembrou ainda que entre Egito e Israel está "a turbulenta Faixa de Gaza", cuja fronteira é fechada em ambos os lados. Se aberta do lado egípcio, permitirá a entrada na Faixa de Gaza de armamentos modernos que podem levar à desestabilização da região.
No Egito está também o Canal de Suez, por onde passa boa parte do petróleo oriundo do Oriente Médio consumido nos países ocidentais. O senador afirmou que o preço do petróleo já alcançou US$ 100 o barril e pode subir mais, com o incremento das turbulências na região. Ele lembrou ainda que o Egito fornece 40% do gás consumido em Israel.
O senador disse esperar que o general Suleiman, que assumiu temporariamente o comando do país, tenha condições políticas de administrar temporariamente o Egito e possa convocar eleições presidenciais no prazo mais rápido possível.
16/02/2011
Agência Senado
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